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Após pausa, testes da vacina de Oxford retomam no Brasil

Por| 14 de Setembro de 2020 às 14h40

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Welcomia/Freepik
Welcomia/Freepik

Depois de uma semana conturbada na corrida por uma vacina segura e eficaz contra a COVID-19, testes para o imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, são retomados. Segunda a farmacêutica e também responsável pela pesquisa contra o coronavírus SARS-CoV-2, a AstraZeneca, estudo clínico da terceira e última fase é reiniciado, inclusive no Brasil, a partir desta segunda-feira (14).

Ainda no sábado (12), a farmacêutica anunciou a retomada geral dos testes da vacina contra a COVID-19. No entanto, as agências responsáveis pela avaliação do estudo clínico, depois de uma possível suspeita de reação adversa ligada ao processo de vacinação que não se confirmou, ainda não tinham se posicionado sobre o caso. 

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Por causa do episódio, a testagem foi suspensa, de forma global, na última terça (8). Após uma série de análises, os cientistas —  incluindo um comitê independente que avaliou o estudo — informaram que não foi encontrada relação de causa e efeito entre a fórmula de Oxford e os sintomas da paciente. Entretanto, detalhes não foram compartilhados com o público.

Anvisa se posiciona sobre vacina de Oxford

Após a possível reação adversa com o imunizante de Oxford, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu informações oficiais sobre o caso no sábado. Afinal, é ela a responsável por autorizar (ou não) estudos clínicos de vacinas e medicamentos no Brasil, principalmente quando envolvem humanos.

Em nota divulgada também no sábado, a agência explica que autorizava o reinício dos testes no Brasil a partir de avaliação realizada com informações recebidas da agência reguladora britânica (Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency - MHRA), do Comitê Independente de Segurança do estudo clínico e da empresa patrocinadora do estudo, a AstraZeneca.

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"Após avaliar os dados do evento adverso, sua causalidade e o conjunto de dados de segurança gerados no estudo, a Agência concluiu que a relação benefício/risco se mantém favorável e, por isso, o estudo poderá ser retomado", afirmou a Anvisa via comunicado.   

"É importante destacar que a Anvisa continuará acompanhando todos os eventos adversos observados durante o estudo e, caso seja identificada qualquer situação grave com voluntários brasileiros, irá tomar as medidas cabíveis para garantir a segurança dos participantes", ressaltou a agência. 

Nacionalmente, o estudo envolve cinco mil voluntários e, até o momento, não apresentou nenhuma reação adversa grave, segundo a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que coordena a pesquisa do imunizante contra a COVID-19 no Brasil.

O Ministério da saúde também se manifestou sobre a segurança dos testes no país. "Cabe destacar que a prioridade da Pasta é a segurança de todos os voluntários envolvidos nos testes, que tem como base o padrão internacional de Boas Práticas Clínicas — seguido com rigor pelo Brasil", defendeu o ministério.

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"O Ministério da Saúde reitera ainda que além da vacina da AstraZeneca também acompanha mais de 200 estudos em andamento. O objetivo é encontrar uma solução efetiva e segura para a cura e prevenção da COVID-19. Não serão economizados esforços para disponibilizar aos brasileiros, tão cedo quanto possível, uma vacina eficiente — em quantidade e qualidade para atender a população", completou.

Fonte: Anvisa e G1