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Vacina da Johnson & Johnson começa a ser distribuída nos EUA

Por| 01 de Março de 2021 às 16h40

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Cottonbro/Pexels
Cottonbro/Pexels

Nesta segunda-feira (1), a farmacêutica Janssen, do grupo Johnson & Johnson, envia o primeiro lote de vacinas contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) para a distribuição nos Estados Unidos. A ação começa, após dois dias, da aprovação de uso emergencial do imunizante contra a COVID-19 pela agência federal norte-americana Food and Drug Administration (FDA). A fórmula demanda uma única dose para a imunização completa.

Ao contrário das vacinas desenvolvidas pela Moderna e Pfizer, que exigem duas doses para a imunização total, as vacinas da J&J precisam de apenas uma dose. Neste momento, a farmacêutica planeja distribuir até 3,9 milhões de doses aos governos estaduais farmácias secionadas, de acordo com o tamanho da população adulta local. Vale lembrar que, no país, farmácias particulares aplicam os imunizantes contra o coronavírus, de forma gratuita, para os cidadãos.

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Eficácia da vacina da Johnson

Durante os estudos clínicos de Fase 3, a vacina da Johnson & Johnson obteve uma taxa de eficácia estimada em 85% na prevenção de doenças graves. Além disso, a fórmula se demonstrou 100% eficaz na prevenção de hospitalizações e mortes 28 dias após os voluntários serem imunizados. Já a taxa geral de proteção —  o que envolve casos moderados e leves —  é de 66%.

No entanto, este cenário oscila de forma negativa para pacientes com mais de 60 anos. Para o grupo de idosos, a eficácia geral da vacina é de 42% contra formas moderadas e graves. Por outro lado, não foram verificados óbitos ou necessidade de intervenção médica entre os pacientes com esta idade durante o estudo clínico.

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"É importante lembrar que a vacina Johnson & Johnson é que fizemos os testes clínicos de outubro de 2020 a janeiro deste ano e foi realmente durante o pico da taxa de incidência desse vírus", explicou Alex Gorsky, diretor-executivo da Johnson & Johnson. Outra questão é que as pesquisas foram realizadas em países com elevada circulação de novas variantes do coronavírus, como o Brasil e a África do Sul.

De acordo com a revisão feita pela FDA, a vacina contra COVID-19 parece ter atendido aos critérios de segurança e eficácia (pelo menos 50% e dados de segurança de acompanhamento de dois meses). Além disso, o imunizante foi descrito com “perfil de segurança favorável”, com os efeitos colaterais mais comuns incluindo dor no local da injeção, dor de cabeça e fadiga.

Como funciona a vacina contra o coronavírus?

Diferente das outras fórmulas aprovadas nos EUA contra a COVID-19, a vacina da Johnson & Johnson não adota a tecnologia de RNA mensageiro (mRNA) para desencadear a proteção contra o agente infeccioso. Para a proteção, a vacina contra o coronavírus adota uma plataforma vetor viral não replicante.

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Em outras palavras, os cientistas adotam um adenovírus humano (Ad26) modificado para não se replicar mais. Tal adenovírus é editado para carregar a proteína spike do coronavírus. A partir desse fragmento de material genético do coronavírus nas células, o sistema imunológico do corpo aprende a identificar e combater o coronavírus. Estável, a fórmula pode ser armazenada em freezers comuns, entre 2 °C e 8 °C.

Fonte: ABC News