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Vacina CureVac, que foi aposta de Bill Gates, falha nos testes de eficácia

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Junho de 2021 às 12h20

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Jubjang/Rawpixel
Jubjang/Rawpixel

Até o momento, as vacinas de mRNA (RNA mensageiro), como as da Pfizer/BioNTech e da Moderna, apresentaram as maiores taxas de eficácia contra a COVID-19. Agora, o imunizante desenvolvido pela empresa de biotecnologia alemã CureVac usando a mesma tecnologia falhou na terceira e última fase de testes. A eficácia da vacina contra o coronavírus SARS-CoV-2 foi de apenas 47%.

Esta é a primeira falha de uma potencial vacina contra a COVID-19 no estágio final de testes, o que surpreende os pesquisadores. Isso porque a fórmula da CureVac era uma aposta dos países europeus, que haviam fechado um contrato para a compra de 405 milhões de doses do imunizante. A empresa também recebeu apoio da Fundação Bill & Melinda Gates.

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O que aconteceu?

A última fase do estudo clínico incluiu cerca de 40 mil voluntários, espalhados pela América Latina e pela Europa. De acordo com os resultados preliminares divulgados pela própria empresa, a eficácia da vacina foi calculada em 47%, o que é um índice baixo para a aprovação. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa taxa deve ser igual ou superior a 50%.

No entanto, o resultado surpreende, já que a fórmula adota a mesma tecnologia que as vacinas mais eficazes contra a COVID-19 disponíveis no mercado. Os imunizantes de mRNA já provaram ser mais de 90% eficazes em testes em estágio final no ano passado, incluindo novas variantes do coronavírus. Segundo os responsáveis pela CureVac, foram justamente as mutações do vírus original que reduziram sua eficácia. Isso porque, no estudo, apenas um caso relado era do vírus com a mesma estrutura dos primeiros casos da doença, encontrados em Wuhan, na China.

Testes ainda devem continuar

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Apesar do resultado, o CEO da CureVac, Franz-Werner Haas, confirmou que a empresa planeja continuar o estudo até a sua conclusão final. Isso porque o ensaio clínico ainda está em andamento e o número final da eficácia da vacina pode variar à medida que mais casos da COVID-19 forem computados. No entanto, especialistas sobre estática, consultados pelo NYT, destacam a dificuldade de reverter estes números.

"Ainda estamos planejando o pedido de aprovação [para agências reguladoras]", argumentou Haas. "Enquanto esperávamos por um resultado provisório mais forte, reconhecemos que demonstrar alta eficácia nesta ampla diversidade de variantes [do coronavírus], sem precedentes, é um desafio", completou o CEO da CureVac.

Fonte: Business Insider e NYT