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ButanVac: quer fazer seu pré-cadastro para testes em humanos? Saiba como!

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Junho de 2021 às 17h40

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Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

Nesta quarta-feira (16), o Instituto Butantan lançou um site dedicado aos ensaios clínicos da vacina ButanVac contra a COVID-19, desenvolvida pelo próprio centro de pesquisa e com previsão de produção 100% nacional. Nas próximas semanas, o potencial imunizante contra o coronavírus SARS-CoV-2 deve ser testado em humanos pela primeira vez e já é possível fazer o pré-cadastro para aqueles que se interessam em ser voluntário da pesquisa.

O estudo clínico da ButanVac foi chamado de ADAPTCOV e envolverá voluntários com mais de 18 anos. Ainda não foram divulgados todos os detalhes da pesquisa, mas se sabe que poderão participar três perfis de pessoas: quem se infectou pelo coronavírus; quem já recebeu alguma vacina contra a doença; e quem não se infectou e nem foi imunizado.

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Saiba como ser voluntário da vacina ButanVac

Na Fase 1 dos estudos clínicos, os pesquisadores do Butantan devem avaliar se a fórmula é segura e se não causa efeitos adversos. Nesse momento, quem coordenará a pesquisa deve ser a faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto (SP), e e pela Faculdade de Medicina da USP, em São Paulo, com 418 voluntários. Esta será a única etapa com administração de placebo para os participantes.

Em uma segunda etapa, será estudada sua imunogenicidade e a resposta imunológica que os participantes do estudo desenvolverão contra a COVID-19, a partir da aplicação. Diferente das outras pesquisas até agora, as etapas finais do estudo serão de comparação, ou seja, os resultados serão comparados aos das vacinas já descritas, permitindo inferir sua eficiência, sem o uso de placebos. As fases 2 e 3 deverão recrutar até 5 mil voluntários.

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Agora, o Butantan faz um pré-levantamento de possíveis interessados em participar do estudo clínico, através de um formulário online. No questionário, o usuário deve informar o nome completo, a idade, o CPF e algum contato, além disso deve declarar se já foi imunizado contra a doença ou se já contraiu COVID-19.

No portal, o Butantan destaca que, embora faça o pré-cadastramento dos voluntários, o recrutamento será feito pelos centros de pesquisa responsáveis por cada etapa da pesquisa. Quando as inscrições abrirem, as pessoas que já compartilharam os dados serão avisadas por e-mail sobre os centros de pesquisa participantes e o que é preciso fazer para se inscrever, de fato, como voluntário.

Pode parecer estranho que os estudos não sejam conduzidos pelo próprio Butantan, mas a medida garante a idoneidade e a confiabilidade dos resultados. O mesmo procedimento é adotado por outros imunizantes que o instituto desenvolve.

Como funciona a ButanVac?

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“A ButanVac é a vacina versão 2.0. É uma evolução à primeira geração de vacinas, não só sob o ponto de vista da resposta imune, mas também da plataforma produtiva. É uma vacina feita na plataforma da vacina da gripe e tem enormes vantagens: pode estar disponível em grande volume para o mundo e por um custo muito menor do que as vacinas que vêm sendo usadas”, afirmou o presidente do Butantan, Dimas Covas, durante coletiva de imprensa.

Para imunizar contra o coronavírus, a ButanVac adota um vírus responsável pela Doença de Newcastle (DNC) — que não provoca sintomas em seres humanos, mas atinge aves — como vetor viral inativado. Dessa forma, o vírus da DNC é editado geneticamente e tem incluído no seu material genético fragmentos do vírus da COVID-19 para que, assim, desencadeie uma resposta imunológica contra o coronavírus no futuro. A estratégia do vetor viral também é adotada pela Covishield (Oxford/AstraZeneca) e pela fórmula da Janssen (Johnson & Johnson).

Para cultivar esse novo vírus editado geneticamente na ButanVac, os pesquisadores adotam ovos embrionados — popularmente, chamados de ovos com pintinhos em desenvolvimento —, já que são uma alternativa rápida e barata. Após o cultivo do agente infeccioso nos ovos, o material é filtrado e apenas os vírus são selecionados para se tornarem a matéria-prima da vacina.

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Vale explicar que a potencial vacina é resultado de um consórcio internacional que tem, como produtores públicos, o Butantan, o Instituto de Vacinas e Biologia Médica do Vietnã e a Organização Farmacêutica Governamental da Tailândia. Além disso, a tecnologia do uso do vírus da doença de Newcastle foi desenvolvida‪ por cientistas na Icahn School of Medicine no Mount Sinai, em Nova Iorque. Já as proteínas S estabilizadas do vírus SARS-CoV-2 utilizadas na vacina, com tecnologia HexaPro, foram desenvolvidas na Universidade do Texas, em Austin.‬‬‬‬

Para conferir o site da ButanVac, clique aqui. Agora, para conferir os detalhes do pré-cadastro, acesse aqui.

Fonte: Instituto Butantan