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Vacina contra o coronavírus só deve chegar daqui um ano e meio, diz Novartis

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Agência Brasil
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O novo coronavírus vindo da China já se tornou uma ameaça global e tem se espalhado rapidamente. Os casos de rápida evolução em escala mortal também assustam e, no Brasil, já são nove casos suspeitos em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Ceará, de acordo com o Ministério da Saúde. Por conta da gravidade e do iminente risco de epidemia, todos se perguntam: como anda o desenvolvimento de uma vacina para nos proteger do vírus?

Alguns países, como os Estados Unidos, estão com pesquisas avançadas para esse fim, mas, segundo Vas Narasimhan, CEO da multinacional farmacêutica Novartis, a solução só deve chegar daqui 18 meses — possivelmente quando a epidemia deve estar controlada. Isso porque é preciso uma análise mais detalhada do comportamento do patógeno.

“Precisamos entender a biologia do vírus, quão transmissível é, qual a sua taxa de fatalidade. Ainda há muito que precisamos aprender. A curto prazo, a melhor chance é testar antivirais já existentes, e muitas fabricantes estão doando medicamentos ao governo chinês para que ele teste se são eficazes (contra o novo Coronavírus)”, afirmou Narasimhan, que liderou os esforços da indústria farmacêutica para conter a epidemia de H1N1, em 2009.

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Os experimentos com as possíveis vacinas devem estar prontos em algo em torno de seis meses e um ano. Depois disso, é preciso que elas sejam testadas em animais e somente depois disso em humanos. Caso sejam aprovadas, aí sim é que serão distribuídas para o mundo todo. Até agora, há 6.079 casos confirmados da doença em todo o mundo, e 133 mortos na China continental.

Esforço global em busca da vacina

Embora a previsão de Narasimhan não seja o que todo mundo gostaria de ouvir agora, há esperanças de que esse tempo seja menor. Segundo periódicos chineses, cientistas em Hong Kong já teriam uma resposta para a doença. Yuen Kwok-yung, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Hong Kong, se baseou em uma vacina de spray contra a gripe desenvolvida por sua própria equipe anteriormente, para modificá-la com parte do antígeno do novo coronavírus.

Nos Estados Unidos, pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde (NIH) do país e os laboratórios Johnson&Johnson também trabalham em uma vacina. O projeto conta a colaboração da firma de biotecnologia Moderna e é financiada pela Coalition for Epidemic Preparedness, uma organização de associação público-privada. O diretor do NIH, Anthony Fauci admitiu que é possível que a epidemia do novo coronavírus entre em declive antes que a solução fique pronta, como foi o caso com a epidemia SARS, em 2002 e 2003.

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Já na Austrália, pesquisadores conseguiram fazer uma cópia do coronavírus, o que também é um passo rumo à uma vacina, pois assim é possível validar e verificar todos os testes e comparar reações e sensibilidades. O Instituto Melbourne Doherty criou uma réplica do novo vírus a partir da amostra obtida de um paciente infectado.

Fonte: Globo