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Vacina contra herpes zóster chega ao Brasil por R$ 1.686
Nova vacina contra o herpes zóster — doença popularmente conhecido como cobreiro — começa a chegar em algumas clínicas particulares no Brasil. Desenvolvido pela farmacêutica britânica GSK, o imunizante Shingrix deve custar R$ 843, por dose. Como o esquema vacinal previsto é de duas doses, a imunização deve sair, em média, por R$ 1.686.
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A vacina contra o herpes zóster foi autorizada, em agosto de 2021, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, agora, começa a chegar no país. A expectativa da GSK é que as clínicas privadas tenham um estoque considerável da fórmula até julho. Por enquanto, não há previsão do imunizante ser disponibilizado através do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Fora do Brasil, a vacina Shingrix já foi licenciada para uso pela União Europeia. Além disso, outros países também a autorizaram, como EUA, Canadá, Japão e China.
Quanto custa a vacina da GSK?
De acordo com a farmacêutica GSK, a vacina Shingrix contra o herpes zoster é administrada em duas doses com intervalo de dois meses entre cada. No Brasil, cada dose deve custar aproximadamente R$ 843. Somando as duas doses, o processo de imunização deve custar cerca de R$ 1.686.
Para chegar a este valor, foi somado o valor definido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e mais 18% de ICMS (Imposto). Apesar do valor inicial, doses do imunizante podem ser comercializados por valores mais caros no Brasil. Isso porque o ICMS pode variar em cada região do país e as clínicas particulares podem praticar valores próprios.
Quem pode usar a vacina contra herpes zóster?
A nova vacina contra o herpes zóster é recomendada para a imunização de dois públicos distintos:
- Pessoas com 50 anos ou mais;
- Pessoas com mais 18 anos e com risco aumentado de contrair a doença, como os imunocomprometidos (pacientes em tratamento de câncer, pessoas que vivem com HIV, indivíduos que vão se submeter a transplantes de medula óssea ou órgãos).
Nos testes clínicos — que foram compartilhados com a Anvisa para a aprovação —, a eficácia da vacina Shingrix foi estimada em 97% para pessoas entre 50 e 69 anos.
É segura mesmo para imunossuprimidos?
Apesar da vacina da GSK ser nova no mercado, o Brasil já conta comum outro imunizante disponível contra esta doença, da farmacêutica norte-americana Merck (MSD). A questão é que o uso da fórmula existente é mais restrito.
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"Até meados de 2022, a única vacina disponível para prevenir o HZ [herpes zóster] e suas complicações no Brasil era a Zostavax, de vírus vivos atenuados, administrada em dose única, por via subcutânea, e licenciada para adultos imunocompetentes acima de 50 anos", explica nota técnica da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). "No entanto, para imunocomprometidos, a vacina é contraindicada, salvo algumas exceções que constam em bula e devem ser avaliadas pelo médico", acrescenta.
Segundo a SBIm, o imunizante da GSK é o primeiro, no Brasil, que pode ser aplicado em pessoas imunossuprimidas. “É uma vacina que se mostra segura para imunossuprimidos acima de 18 anos, pois ela não é produzida a partir de vírus vivo”, explica Gunnar Riediger, Líder da Unidade de Negócios BioTech da GSK, em comunicado.
Quais são as reações do imunizante?
De acordo com a SBIm, "os eventos adversos mais comuns são os locais (dor, edema e vermelhidão), geralmente de intensidade leve a moderada e são transitórios". Além disso, o paciente pode apresentar outras reações sistêmicas, como:
- Cansaço;
- Calafrios;
- Febre;
- Mialgia (dor muscular).
Qual é a ligação da doença com o vírus da catapora?
Vale lembrar que o herpes zóster é causado pela reativação do vírus varicela zoster. Este é o mesmo agente infeccioso que causa a catapora. “O vírus [da catapora] fica adormecido no organismo por anos e, em algum momento da vida, quando a imunidade do paciente enfraquece, ele pode ser reativado”, explica Jessé Reis Alves, infectologista e gerente médico de vacinas da GSK.
Outras complicações do herpes zoster podem incluir o herpes zoster oftálmico, que causa sequelas oculares agudas ou crônicas. Em casos raros, o vírus também pode provocar a Síndrome de Ramsay Hunt, que afeta a face do paciente. Esta síndrome foi recentemente relatada pelo cantor Justin Bieber.
Fonte: Com informações: SBIm
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