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Usar redes sociais pode afetar o cérebro de adolescentes

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Janeiro de 2023 às 10h35

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CarlosBarquero/Envato
CarlosBarquero/Envato

A comunidade científica já estava ciente de que abusar de redes sociais é prejudicial à saúde mental dos jovens. No entanto, um novo estudo da University of North Carolina at Chapel Hill apontou que esse uso excessivo pode inclusive afetar o desenvolvimento cerebral dos adolescentes.

Segundo o artigo, os cérebros dos adolescentes podem se tornar mais sensíveis ao antecipar recompensas e punições sociais ao longo do tempo, com o aumento do uso das redes sociais. Assim, o público que cresce verificando as mídias com mais frequência está se tornando hipersensível ao feedback alheio.

Os pesquisadores refletem que, embora essa maior sensibilidade ao feedback social possa promover o uso compulsivo de mídias sociais no futuro, também pode refletir um possível comportamento adaptativo que permitirá aos adolescentes navegar em um mundo cada vez mais digital.

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Os especialistas comentam que isso acontece justamente porque as plataformas de mídia social fornecem um fluxo constante e imprevisível de feedback social na forma de curtidas, comentários, notificações e mensagens: “Essas entradas sociais são frequentes, inconsistentes e muitas vezes recompensadoras, tornando-as reforçadores especialmente poderosos que podem condicionar os usuários a verificar as mídias sociais repetidamente”, apontam.

Em 2020, outro estudo destacou que cerca de 89% da população entre 9 a 17 anos é usuária de Internet no Brasil. Isso equivale a 24,3 milhões de crianças e adolescentes conectados. O smartphone é o principal dispositivo de acesso à Internet usado por essa faixa de público. Segundo o estudo, os celulares são utilizados por 23 milhões de crianças e adolescentes brasileiros (95%).

Diversos possíveis prejuízos desencadeados pelo uso das redes sociais por parte de adolescentes foram colocados à prova através de pesquisas, como o impacto na imagem e o aumento de depressão e tendências suicidas.

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Fonte:  University of North Carolina at Chapel Hill