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Ultraprocessados representam riscos para saúde mental e física

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Outubro de 2023 às 09h42

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AtlasComposer/Envato
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A ciência já apontou que a alimentação influencia a saúde mental. No que diz respeito a ultraprocessados — como presunto, salsicha , batata frita, cereais matinais, iogurtes com sabor de frutas, sopas instantâneas — o impacto pode ser muito negativo, principalmente no público mais jovem.

Esses alimentos contêm um grande número de ingredientes, juntamente com muitos aditivos como conservantes, emulsificantes, adoçantes e cores e sabores artificiais, que têm como objetivo prolongar a vida útil e tornar os alimentos mais atraentes.

Esses produtos também tendem a conter grandes quantidades de gorduras prejudiciais à saúde, açúcares refinados e sal. Um estudo publicado na revista JAMA mostrou que muitas crianças e adolescentes nos EUA obtêm a maior parte da sua energia diária a partir de ultraprocessados, como pizzas congeladas e snacks embalados.

A pesquisa também descobriu que a percentagem de calorias diárias dos jovens provenientes de ultraprocessados aumentou, na verdade, de 61% em 1999 para 67% em 2018.

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Por que ultraprocessados fazem mal

Ao longo do tempo, tem havido cada vez mais evidências de que aqueles cuja dieta inclui grandes quantidades de alimentos ultraprocessados ​​têm maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde física e mental.

Esses problemas podem incluir obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e envelhecimento ainda mais rápido. Um artigo do IRCCS Neuromed Mediterranean Neurological Institute, que entrevistou 23 mil italianos, inclusive fortaleceu essa ideia.

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Os pesquisadores descobriram que os indivíduos cujo consumo de alimentos ultraprocessados ​​chega a 14,6% da ingestão total de alimentos têm um risco de mortalidade 26% maior em relação àqueles que comem menos ultraprocessados. O mesmo grupo de pessoas enfrenta uma probabilidade 58% maior de morrer de doenças cardiovasculares.

Ultraprocessados e depressão

Neste ano, um estudo publicado na revista científica BMC Medicine sugeriu que a alimentação pode aumentar ou diminuir os sintomas de depressão e ansiedade. Enquanto o consumo de alimentos com manteiga, açúcar e leite potencializa esses sintomas, a ingestão de frutas e vegetais frescos pode ajudar a contê-los.

Já os ultraprocessados podem aumentar o índice de depressão, de acordo com um estudo publicado no periódico Journal of Affective Disorders. Basicamente, os indivíduos que consumiram uma quantidade maior desses produtos tiveram uma probabilidade 1,14 vez maior de passar por um sofrimento psicológico elevado.

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No ano passado, um estudo apresentado na Alzheimer's Association International Conference apontou que os ultraprocessados podem desencadear o declínio cognitivo. Segundo as informações coletadas, no Brasil, esses alimentos ​​representam de 25% a 30% do total de calorias ingeridas. Pessoas que consumiram mais de 20% das calorias diárias de alimentos processados ​​tiveram um declínio 28% mais rápido na cognição, e um declínio 25% mais rápido no funcionamento executivo.

Fonte: JAMA Network, National Library of Medicine, Interesting Engineering