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Tumor cerebral | Sintomas, gravidade e tratamento de tumores malignos e benignos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Julho de 2021 às 11h20

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Fakurian Design/Unsplash
Fakurian Design/Unsplash

O surgimento de tumores cerebrais pode resultar em procedimentos invasivos para a sua retirada, pois geralmente é preciso remover parte do crânio para lidar com um órgão tão delicado, ou ainda usar medicamentos agressivos. Esse tratamento traz questões sobre a gravidade dos tumores e também sequelas que podem aparecer após os cuidados, que podem atrapalhar a qualidade de vida de um indivíduo.

Essas massas, sejam elas cancerígenas ou não, consistem na presença e no crescimento de células anormais no cérebro ou nas meninges, membranas responsáveis por revestir o cérebro e a medula espinhal. De acordo com uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre os anos de 2020 até 2022 devem ser diagnosticados 11.100 novos casos de tumores cerebrais ou do sistema nervoso central.

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Quais são os sintomas de um tumor cerebral?

Uma pessoa com tumor cerebral não costuma sentir os sintomas na região da massa, mas sim em regiões do corpo relacionadas ao local onde houve o desenvolvimento, como explica Marcelo Valadares, médico neurocirurgião do Hospital Albert Einstein e da Unicamp. "Como o cérebro é relativamente divido em áreas responsáveis por funções específicas, os tumores que se desenvolverem nessas regiões vão prejudicar essas atividades", conta.

Então, se os tumores surgem nas áreas responsáveis pelos movimentos dos membros, por exemplo, o paciente irá sentir fraqueza ou, até mesmo, paralisia. "Tumores nas áreas responsáveis pela visão podem causar perdas visuais, manchas ou embaçamentos", exemplifica o médico, dizendo ainda que existem sintomas em comum que podem surgir independentemente do local da lesão.

"Em quase todas as áreas do cérebro, os tumores podem causar convulsões, embora isso seja mais comum nos lobos frontais e temporais. Quando são grandes, podem causar dores de cabeça. Além disto, alguns tumores podem sangrar e levar a pioras neurológicas repentinas", completa. Tumores malignos e benignos podem trazer sintomas semelhantes, mas os malignos se desenvolvem de forma mais rápida, trazendo mais dores de cabeça, convulsões e algumas alterações neurológicas, como o coma.

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Qual a diferença entre um tumor maligno e um benigno?

O especialista esclarece que um tumor benigno não é considerado um câncer por não ser capaz de invadir os tecidos cerebrais e destruí-los, facilitando o tratamento com cirurgias. Ainda assim, existe a possibilidade de um tumor benigno crescer em um local complexo que dificulta a remoção, comprimindo vasos e tecidos e levando a problemas maiores.

Já o tumor maligno, como explica Valadares, sofre mutações nas células, se tornando capaz de invadir os tecidos cerebrais e os destruir. Com isso, as células crescem, cada vez mais, de forma acelerada, desordenada e agressiva. Os tratamentos podem envolver cirurgia para a remoção de todo o tumor ou apenas uma parte, além de quimioterapia e radioterapia após a cirurgia.

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Existe qualidade de vida após um tumor cerebral?

Os especialistas ressaltam a importância de conscientizar e disseminar informações sobre o tema, pois o quanto antes vier o tratamento, melhores os resultados. Valadares conta que uma grande parte dos tumores intracranianos é benigna, e que o meningioma, o mais comum e responsável por 30% das incidências, costuma ser curável com cirurgia ou não.

"Tumores que surgem dentro do próprio cérebro ainda assim podem ser benignos, curáveis com cirurgia, ou de baixa agressividade, fazendo com que o paciente possa realizar tratamentos diversos e ter uma vida longa e de qualidade", explica o especialista. O meningioma é mais comum em adultos e pessoas idosas, atingindo mais as mulheres do que os homens.