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Terapia genética pode ajudar a combater tumor cerebral

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Outubro de 2023 às 16h33

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Anna Shvets/Envato
Anna Shvets/Envato

Na última quarta-feira (18), um estudo publicado na Nature apresentou uma nova forma de combater o glioblastoma, um tumor maligno primário do Sistema Nervoso Central responsável pela maioria das mortes entre os pacientes com tumor cerebral e notoriamente resistente ao tratamento.

As imunoterapias que mobilizam as defesas do corpo contra o câncer não têm sido eficazes, uma vez que o ambiente do tumor é em grande parte impenetrável aos ataques do sistema imune. Para converter em um ambiente propício a uma resposta imune, os pesquisadores desenvolveram um novo vírus oncolítico que pode infectar células cancerígenas e estimular uma resposta antitumoral.

Terapia genética contra glioblastoma

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Os resultados demonstraram a segurança e a eficácia da nova abordagem de terapia genética nos pacientes. "O glioblastoma tem um efeito agressivo, em parte devido a um ambiente de fatores imunossupressores que cercam o tumor, que permitem o crescimento e impedindo que o sistema imunológico entre e ataque. O estudo mostrou que, com um vírus que concebemos, podemos transformar em um ambiente pró-inflamatório”, afirmam os pesquisadores, em comunicado.

Após o tratamento, os investigadores observaram um aumento na diversidade do repertório de células T, sugerindo que o vírus induz uma ampla resposta imune, eliminando células tumorais. As alterações imunológicas após o tratamento também demonstraram estar associadas a uma melhor sobrevivência.

No futuro, os investigadores planejam concluir estudos para investigar mais aprofundadamente a eficácia do vírus oncolítico em pacientes que têm ou não anticorpos.

Tumor cerebral

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Anteriormente, separamos tudo o que você precisa saber sobre tumor cerebral: sintomas, gravidade e tratamento de tumores malignos e benignos. Na ocasião, conversamos com especialistas e entendemos que uma pessoa com tumor cerebral não costuma sentir os sintomas na região da massa, mas sim em regiões do corpo relacionadas ao local onde houve o desenvolvimento.

Isso quer dizer que, se os tumores surgem nas áreas responsáveis pelos movimentos dos membros, por exemplo, o paciente irá sentir fraqueza ou, até mesmo, paralisia.

No último dia 11, um estudo também publicado na Nature revelou uma ferramenta de inteligência artificial (IA) capaz de diagnosticar um tumor cerebral. A ideia é que a tecnologia ajude os cirurgiões a decidir o melhor procedimento a ser seguido na mesa de operações. A ferramenta escaneia segmentos do DNA de um tumor para identificar modificações químicas que possam produzir um diagnóstico detalhado do tipo e até mesmo do subtipo do tumor cerebral.

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Fonte: Nature