Telemedicina: robô-cão "atende" pacientes com COVID-19 em isolamento
Por Fidel Forato | 05 de Maio de 2020 às 20h30
Na crise causada pela pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), vários medicamentos e terapias são estudados, testados e adaptados para o tratamento da COVID-19, enquanto se desenvolve uma vacina. Ainda na área da saúde, tecnologias já existentes também são direcionadas para a telemedicina. É o caminho que a companhia Boston Dynamics, especializada em robôs, está construindo.
Antes da COVID-19, atividades voltadas para a telemedicina, geralmente, não eram listadas entre as principais aplicações para os seus robôs, como o robô-cão Spot. Conhecida da internet, essa invenção já viralizou nas redes sociais por correr "sozinha" por um escritório, dançar a música Uptown Funk, de Bruno Mars, ou ainda ser uma aliada em operações da Polícia Estadual de Massachusetts, nos Estados Unidos.
Agora, desde a metade de abril, o quadrúpede Spot vem conquistando a área médica e "atende" pacientes, em isolamento, no hospital Brigham and Women's, em Boston, também no estado Massachusetts.
Demanda na área médica
Segundo a própria Boston Dynamics, a adaptação de seu robô quadrúpede para o atendimento na área médica, de forma remota, aconteceu após solicitações vindas do setor hospitalar, desde o início de março.
“Com base na solicitações que recebemos e na escassez global de equipamentos de proteção individual (EPI) críticos, passamos as últimas semanas tentando entender melhor os requisitos do hospital para desenvolver uma solução de robótica móvel com o nosso robô Spot”, escreve a empresa.
"O resultado é um robô equipado com pernas que pode ser implantado para dar suporte a equipe da linha de frente, que responde à pandemia em ambientes temporários, como barracas de triagem e estacionamentos", complementa a companhia.
Para isso, o robô quadrúpede foi equipado com um iPad e um rádio, o que fez do Spot um sistema de teleconferência móvel e eficaz. Assim, é possível que médicos consultem os pacientes, de forma remota, e sem aumentar a propagação do novo coronavírus.
No futuro, a Boston Dynamics estuda equipar ainda mais o robô para atuar em ambientes hospitalares, como a implementação de um sistema que detecta diferentes sinais vitais do paciente, como temperatura, frequência respiratória e cardíaca, além do nível de oxigenação do sangue. Só que esse deve ser apenas o começo de suas realizações como um robô assistente-médico.
Fonte: TechCrunch