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Tecnologia usada em vacina da COVID-19 pode ser aproveitada para outras doenças

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Junho de 2021 às 14h30

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erika8213/envato
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A criação da vacina contra a COVID-19 promete não só ajudar a conter a pandemia, como também auxiliar na prevenção e tratamento de outras doenças no futuro. De acordo com Sotiris Missailidis, vice-diretor de desenvolvimento tecnológico de Bio-Manguinhos/Fiocruz, a tecnologia de RNA mensageiro já vinha sendo explorada antes do coronavírus, tratando o câncer e combatendo doenças já conhecidas, como chikungunya, dengue e zika.

O RNA mensageiro é uma tecnologia que transporta instruções necessárias para que o sistema imunológico consiga produzir a proteína do vírus, que são sintetizadas e revestidas de partículas de gordura, ajudando no caminho até às células. Este método, inclusive, já vem sendo testado ao redor do mundo para o tratamento de diferentes tipos de câncer, como a leucemia, com o uso da proteína ou da mutação da célula que provoca a doença.

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No caso do câncer, é feita a identificação da mutação que causou o tumor e é usado o RNA mensageiro para fazer uma cópia de parte dessa mutação, que então é sintetizada e injetada no paciente. Com isso, o sistema imunológico pode reconhecer a mutação e agir para combatê-la.

Rachel Riechelmann, oncologista do Hospital AC Camargo de São paulo, contou ao G1 que, com a tecnologia, o sistema imunológico do indivíduo ataca o próprio tumor. "São vacinas personalizadas. Para cada paciente, precisa identificar o tumor daquela pessoa, quais são as proteínas e as mutações, que vão ser usadas para confeccionar a vacina", explica a médica.

O RNA mensageiro também pode ser uma alternativa do tratamento da malária, que já atingiu milhões de pessoas no mundo todo. Na África, em Burkina Faso, a Universidade de Oxford desenvolveu a vacina R21 contra a malária, e as doses vêm sendo testadas em crianças, que são as maiores vítimas da doença. Até então, a eficácia do imunizante chegou a 77%.

 

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Fonte: G1