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Subvariantes BA.4 e BA.5 predominam nos EUA e crescem no Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Junho de 2022 às 20h30

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kjpargeter/Freepik
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Nos Estados Unidos, duas subvariantes da Ômciron, a BA.4 e a BA.5, já se tornaram predominantes, segundo o último relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), divulgado na terça-feira (28). No Brasil, o cenário epidemiológico é diferente, conforme apontam os levantamentos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Entre os norte-americanos, a subvariante BA.4 representa 15,7% dos novos casos de infecções pelo coronavírus SARS-CoV-2. No caso da BA.5, esta é a cepa presente em 36,6% dos diagnósticos. Somando as duas, elas já representam 52% dos casos. Segundo o CDC, a tendência é que esta porcentagem aumente nas próximas semanas.

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Vale lembrar que as duas subvariantes da Ômicron foram identificadas pela primeira vez há menos de seis meses, na África do Sul. Em muitos países, ambas já superaram a cepa que era anteriormente predominante, a BA.2. Até agora, nenhuma evidência aponta para o fato das subvariantes serem mais infecciosos ou que são capazes de reduzir a efetividade das vacinas mais que a Ômicron.

Alta de casos nos EUA com as subvariantes

Nas últimas semanas, os EUA enfrentam uma nova onda de casos da covid-19. Em média, 100 mil infecções são detectadas por dia, segundo levantamento do jornal The New York Times. Além do número elevado, os especialistas apontam para o risco de subnotificação, já que nem todos com sintomas gripais são testados.

Na segunda-feira (27), a taxa de hospitalizações no país estava 6% maior que nas últimas duas semanas. A média é de 31 mil novas internações por dia, mas o número de óbitos não acompanhou o recente salto. Nas últimas 24 horas, foram 377 mortes. E esta alta é associada com as subvariantes BA.4 e BA.5.

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“Na minha opinião, 250 mortes por dia ainda é muito”, defendeu Rochelle Walensky, diretora do CDC, na última semana. Segundo ela, a maioria dos óbitos está relacionada a pessoas idosos ou com comorbidades. Outro grupo bastante afetado é o daqueles que não quiseram se imunizar contra a covid-19. Por lá, já se discute a próxima campanha de vacinação, que deve incluir fórmulas atualizadas contra a Ômicron.

E a situação da covid no Brasil?

No Brasil, a subvariante BA.2 ainda é a predominante, segundo o último relatório da Rede Genômica Fiocruz. Divulgada na sexta-feira passada (24), a análise investigou as cepas mais frequentes nas amostras da covid-19 coletadas entre os dias 3 a 16 de junho.

Em abril, a BA.2 foi identificada em 70% dos genomas e manteve a liderança no novo levantamento. Em seguida, estão as cepas BA.1 e BA. 1.1. No entanto, começa a despertar a atenção as BA.4 e BA.5, mas a incidência é ainda muito pequena.

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Nos últimos 14 dias, as unidades da Fiocruz sequenciaram 1.055 genomas. Deste total, 29 mostras correspondiam à cepa BA.4. Enquanto isso, 89 genomas pertenciam à BA.5. Apesar do baixo impacto, é possível notar o crescimento de ambas quando se analisa o penúltimo relatório, que cobre o período entre os dias 20 de maio a 2 de junho. Na época, foram coletados apenas seis genomas da BA.4 e 13 da BA.5.

Fonte: NYT e Agência Fiocruz