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Sono profundo protege contra demência

Por| Editado por Luciana Zaramela | 24 de Novembro de 2023 às 17h06

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Wavebreakmedia/Envato Elements
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Dormir bem à noite, por pelo menos 8 horas, é uma das melhores coisas que alguém pode fazer, quando a questão é a saúde do cérebro. O momento de descanso é tão importante que pesquisadores da Universidade Monash, nos EUA, descobriram que reduzir o tempo do sono profundo aumenta o risco de demência, incluindo a doença de Alzheimer, em idosos.

Entre as pessoas com 60 anos ou mais, ter frequentemente o sono profundo 1% mais curto que o normal pode aumentar em 27% a probabilidade de surgimento da demência. Esse risco continua alto, mesmo que sejam ajustados diferentes fatores de controle, como idade, sexo, questões genética, tabagismo e uso de medicamentos.

Vale explicar que o sono profundo, também conhecido como sono de ondas lentas, é o terceiro estágio do sono. É a fase que antecede o sono REM (movimento rápido dos olhos), a última etapa até que o ciclo seja reiniciado — durante uma boa noite de sono, as pessoas completam algumas vezes esse ciclo restaurador.

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Sono profundo protege o cérebro

Publicado na revista científica JAMA Neurology, o estudo analisou 346 participantes em diferentes momentos da vida. Estes indivíduos tiveram a qualidade do sono acompanhada entre os anos de 1995 a 1998 e 2001 a 2003. Desde o fim do experimento nos anos 2000, continuaram a ser monitorados em relação ao risco de demência regularmente. Nos 17 anos seguintes, foram contabilizados 52 casos.

Analisando todo o histórico e até questões genéticas envolvidas, os pesquisadores identificaram que o principal fator de risco comportamental para a demência era justamente o encurtamento do período de sono profundo.

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Por que é importante dormir?

“O sono de ondas lentas impacta o envelhecimento do cérebro de muitas maneiras”, afirma Matthew Pase, professor associado da universidade e um dos autores da pesquisa, em nota.

Hoje, “sabemos que o sono melhora a eliminação de resíduos metabólicos do cérebro e facilita a limpeza de proteínas associadas à doença de Alzheimer”, como as proteínas beta-amiloide, explica Pase.

Embora ainda não se saiba dizer exatamente o porquê do sono profundo ser importante na proteção do cérebro, a hipótese é que os mecanismos ativados nessa fase contribuam para impedir o acúmulo dessas proteínas tóxicas, associadas com a morte dos neurônios.

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Independente do como ocorre essa proteção, o entendimento é que o sono profundo pode ajudar o indivíduo, especialmente os mais velhos. Por isso, os cientistas classificam essa questão, o dormir bem ou mal, como um fator de risco modificável para demência.

Fonte: JAMA Neurology e Universidade Monash