Sem vacinas: OMS alerta para o risco da covid na Coreia do Norte
Por Fidel Forato | Editado por Rafael Rigues | 16 de Maio de 2022 às 17h50
Com a explosão de casos da covid-19 na Coreia do Norte, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, nesta segunda-feira (16), para os ricos que o país asiático deve enfrentar na área da saúde. Isso porque a população não está vacinada contra o coronavírus SARS-CoV-2.
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"Como o país ainda não iniciou a vacinação contra a covid-19, existe o risco de que o vírus se espalhe rapidamente entre as massas, a menos que [a transmissão] seja reduzida com medidas imediatas e apropriadas", afirmou Poonam Khetrapal Singh, diretora regional da OMS para o Sudeste Asiático, em comunicado.
Oficialmente, a OMS explica que ainda não recebeu informações detalhadas sobre o surto da covid-19 no país, o que se sabe da situação epidemiológica foi compartilhado pela mídia estatal norte-coreana. Independente disso, o cenário não é promissor, já que a variante Ômicron — relacionada com os casos locais da doença — é considera como a mais transmissível entre as descobertas até agora.
Situação da covid na Coreia do Norte
Na semana passada, a Coreia do Norte notificou os primeiros casos oficialmente confirmados da covid-19 desde o começo da pandemia. Por causa do fechamento das fronteiras, o país defendia que o coronavírus não havia conseguido chegar ao país e nem se disseminar na população. Agora, a situação é outra com a crescente onda de casos da variante Ômicron.
Na última sexta-feira (13) a imprensa falava em 187 mil casos suspeitos da covid-19. Agora, são mais de 500 mil quadros em investigação na capital Pyongyang. Sem uma política adequada de testagem para a doença, as pessoas são isoladas quando apresentam febre. Até agora, cerca de 50 pessoas morreram em decorrência da condição, mas não é possível confirmar a relação com o coronavírus.
População não está vacinada
O aumento de possíveis casos indica que o vírus está se espalhando e, sem a população vacinada, o número de casos graves deve ser alto na Coreia do Norte, onde é necessário hospitalização. Este cenário já foi observado na maioria dos países, enquanto os imunizantes para a covid-19 estavam em processo de desenvolvimento.
Nos últimos meses, o país rejeitou doações de vacinas, incluindo projetos que visavam distribuir de forma mais igualitária imunizantes, como o COVAX Facility. Foram oferecidas doses da Covishield (AstraZeneca/Oxford) e da CoronaVac (Sinovac), ambas amplamente adotadas no Brasil, por exemplo.