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Sem receber tratamento, gatos com covid são sacrificados na China

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Setembro de 2021 às 19h10

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Okssi68/Envato Elements
Okssi68/Envato Elements

Na região norte da China, as autoridades públicas da cidade de Harbin condenaram três gatos à morte, após testarem positivo para covid-19. A medida extremamente rigorosa — e questionável, segundo especialistas — é um exemplo do modelo de tolerância zero adotado em parte do país para conter qualquer surto do coronavírus SARS-CoV-2.

A justificativa para o sacrifício dos animais foi o fato de que, segundo as autoridades locais, não havia tratamento disponível e eles colocariam em perigo o proprietário e outros residentes do complexo de apartamentos em que viviam. Além dos gatos, as autoridades identificaram 75 pessoas diagnosticadas com a doença na região.

Segundo a imprensa local, a proprietária — identificada apenas como Srta. Liu — dos três gatos sacrificados foi uma das que testaram positivo para a covid-19. O diagnóstico foi feito no dia 21 de setembro e, desde então, ela se isolou. Os animais foram deixados com comida e água na residência.

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Nesse intervalo, funcionários da cidade testaram os gatos e, por duas vezes, os animais foram diagnosticados com uma infecção ativa do coronavírus. A proprietária fez um apelo nas redes sociais e a mensagem gerou bastante engajamento, mas os animais foram sacrificados na terça-feira (28).

Existe risco de transmissão da covid-19 de gatos para humanos?

A medida adotada pela cidade chinesa é considerada bastante radical. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, o risco de animais domésticos espalharem o SARS-CoV-2 para as pessoas é "considerado baixo".

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Por outro lado, são conhecidos casos de que pessoas transmitiram a infecção para animais em algumas situações, especialmente quando há contato próximo. Inclusive, a orientação da agência norte-americana é de que “pessoas com suspeita ou confirmação da covid-19 devem evitar o contato com animais, incluindo os de estimação, gado e animais silvestres”. O CDC ainda pontua que “no momento, não há evidências de que os animais desempenhem um papel significativo" na disseminação do vírus para as pessoas.

É verdade que “alguns coronavírus que infectam animais podem se espalhar para as pessoas e depois se espalhar entre elas, mas isso é raro. Foi o que aconteceu com o SARS-CoV-2, que provavelmente se originou em morcegos", explica o CDC. Só que faltam evidências de que isso aconteça em relação aos animais domésticos, como gatos ou cães.

Fonte: ABC News