Sem detalhes, cidade de SP confirma 1º caso da variante Delta do coronavírus
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
Na segunda-feira (6), a prefeitura de São Paulo confirmou o primeiro caso da variante Delta (B.1.671.2) do coronavírus SARS-CoV-2, identificada primeiro na Índia e considerada mais transmissível e associada a maior evasão imunológica. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o paciente diagnosticado com a COVID-19 é um homem de 45 anos, que "apresentou sintomas leves, passa bem, e está em sua residência". Atualmente, é monitorado pela rede de Atenção Básica.
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Questionada pelo Canaltech sobre o histórico de viagem do paciente contaminado pela variante Delta do coronavírus, a SMS comentou que "o órgão investiga a forma de transmissão da doença". Segundo a secretaria, a investigação busca descobrir de que forma ocorreu a contaminação, já que "a pessoa trabalha em casa, diz não ter viajado, e nega ter tido contato com pessoas que viajaram".
Nesse caso, é possível que o homem tenha contraído a infecção na própria cidade. Segundo essa hipótese, é provável que já ocorra a transmissão comunitária — quando não é possível rastrear a origem da infecção — da variante Delta na capital de São Paulo.
Em nota, a secretaria informa que "a SMS monitora outras três pessoas da família (mulher, enteado e filho), que seguem acompanhadas pelas equipes de saúde da UBS local". Eles também apresentaram sintomas na mesma época e de igual forma. Agora, "a gestão municipal enviará as amostras dos três familiares para o Instituto Butantan". Além disso, "os contactantes [de toda a família] estão sendo investigados".
Monitoramento das novas variantes
Desde abril, a capital encaminha parte das amostras de exames RT-PCR positivos ao Instituto Butantan para análise genômica. Por sua vez, o Butantan rastreia e identifica as variantes que mais circulam no município. Esse monitoramento das variantes do coronavírus é realizado através de um cálculo amostral, feito por semana epidemiológica, com cerca de 250 amostras semanais. "Foi por meio desta iniciativa que foi possível identificar o primeiro caso positivo na cidade", explica a SMS.
Além do monitoramento amostral das variantes, "a SMS também fechou acordo de estudo de variantes com o Instituto de Medicina Tropical de São Paulo e com o Instituto Adolfo Lutz, que fazem a vigilância com o objetivo de identificar quais cepas circulam pela cidade", informou a secretaria. As amostras semanais positivas para a COVID-19 são colhidas no Aeroporto de Congonhas e nas rodoviárias da cidade e, posteriormente, encaminhadas para análise genética.
Vale lembrar que o primeiro caso da variante Delta no estado de São Paulo foi identificado em um passageiro de 32 anos que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, no mês de maio. O viajante voltava da Índia e somente soube do seu diagnóstico após passar por outras cidades. Segundo informações do Ministério da Saúde, a variante Delta já foi responsável por pelo menos duas mortes no país.