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Sangue de centenários pode ajudar a entender a longevidade

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Outubro de 2023 às 09h42

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Danie Franco/Unsplash
Danie Franco/Unsplash

A longevidade tem sido estudada com afinco pelos cientistas, e um novo método de entender os segredos por trás de uma vida longa tem sido a análise do sangue de centenários (ou seja, aquelas pessoas que chegaram a completar 100 anos). Pelo menos, é o que mostra um estudo publicado na revista GeroScience, no último mês de setembro.

Com base na análise, os pesquisadores descobriram alguns biomarcadores comuns, incluindo níveis de colesterol e glicose, no público em questão. A equipe comparou os perfis de biomarcadores entre centenários e outras pessoas mais jovens, investigaram a ligação entre os perfis e a chance dessas pessoas se tornarem centenárias no futuro.

Ao todo, a pesquisa incluiu dados de 44 mil suecos que foram submetidos a avaliações de saúde entre 64 e 99 anos de idade. Esses participantes foram então acompanhados por 35 anos. Dessas pessoas, 1.224, ou 2,7%, viveram até os 100 anos.

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Foram incluídos doze biomarcadores sanguíneos relacionados à inflamação, metabolismo, função hepática e renal, bem como potencial desnutrição e anemia — todos associados ao envelhecimento ou mortalidade em estudos anteriores.

O segredo da longevidade

O grupo descobriu que, em geral, centenários tiveram níveis mais baixos de glicose, creatinina e ácido úrico a partir dos 60 anos. Embora os valores medianos não tenham diferido significativamente entre centenários e não centenários para a maioria dos biomarcadores, os centenários raramente apresentaram valores extremamente altos ou baixos.

Para muitos dos biomarcadores, tanto os centenários como os não centenários apresentaram valores fora da faixa considerada normal nas diretrizes clínicas, mas os pesquisadores acrescentam que isso provavelmente ocorre porque essas diretrizes são definidas com base em uma população mais jovem e saudável.

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Os cientistas perceberam que dos 12 biomarcadores, apenas dois (alat e albumina) não mostraram uma conexão com a probabilidade de chegar aos 100 anos.

O estudo, no entanto, não permite quaisquer conclusões sobre quais fatores de estilo de vida ou genes são responsáveis ​​pelos valores dos biomarcadores.

Os autores apenas consideram razoável pensar que fatores como a nutrição e a ingestão de álcool desempenham um papel. Acompanhar os valores dos rins e do fígado, bem como da glicose e do ácido úrico à medida que envelhece, pode ser a chave.

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De qualquer maneira, o fato de diferenças nos biomarcadores terem sido observadas muito tempo antes da morte sugere que os genes e o estilo de vida também podem ter influência.

Como obter mais longevidade

Anteriormente, pesquisadores dos EUA realizaram um estudo observacional e revelaram hábitos para garantir alguns anos a mais na expectativa de vida. As análises levaram em conta informações sobre a atividade física, sono, dieta, uso de álcool e saúde mental dos participantes.

Dentre os hábitos para potencializar a longevidade, destacaram-se: comer de forma saudável, ter um sono de qualidade, praticar exercícios físicos regularmente, aprender a controlar o estresse, reduzir consumo de bebidas alcoólicas, evitar o tabagismo, ter boas relações sociais e não utilizar opioides.

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Fonte: GeroScienceNutrition 2023