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Após os 50, equilibrar-se em uma perna só indica que a pessoa pode viver mais

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Junho de 2022 às 20h40

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Pressmaster/Envato
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O equilíbrio deve ser considerado como um importante fator para o envelhecimento saudável, sugere uma equipe internacional de cientistas, incluindo brasileiros. Segundo um recente estudo, a capacidade de se equilibrar em uma única perna, por pelo menos 10 segundos, está ligada a uma vida mais longeva, especialmente para aqueles que têm 50 anos ou mais.

Publicado na revista científica British Journal of Sports Medicine, o estudo sobre a associação entre o equilíbrio e a longevidade foi desenvolvido por uma equipe internacional de pesquisa, incluindo membros da Universidade de Bristol, no Reino Unido, e da clínica Clinimex, no Rio de Janeiro.

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Inclusive, os autores sugerem que testes de equilíbrio — algo que é simples, seguro e barato — sejam incluídos em exames de rotina para idosos. Isso porque foi observado um risco aumentado de morte, por qualquer causa, em pacientes que não conseguiram completar o exercício no estudo.

"O teste de equilíbrio de 10 segundos fornece um feedback rápido e objetivo para o paciente e profissionais de saúde em relação ao equilíbrio estático. O teste também adiciona informações úteis sobre o risco de mortalidade em homens e mulheres na meia-idade e idosos”, explica Claudio Gil Araujo, da Clinimex, em comunicado.

Entenda o estudo sobre o equilíbrio e a longevidade

No início do estudo, a ideia dos pesquisadores era entender se um teste de equilíbrio poderia ser considerado como um indicador confiável do risco de morte de uma pessoa por qualquer causa na próxima década. Aparentemente, a resposta é sim.

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No total, foram incluídos 1,7 mil voluntários brasileiros, com idades entre 51 e 75 anos, em seu primeiro check-up. Estas avaliações ocorreram entre fevereiro de 2009 e dezembro de 2020. Cerca de dois terços dos participantes (68%) eram homens.

Resultados do teste

No experimento, cada voluntário poderia tentar por até 3 vezes permanecer em equilíbrio com apenas uma perna. Ao todo, cerca de 1 em cada 5 (20,5%; 348) participantes não passou no teste. Com o aumento da idade, a dificuldade em realizar a tarefa também se intensificava.

Segundo os autores do estudo, a proporção de mortes entre aqueles que falharam no teste foi significativamente maior (17,5%) quando comparada com a daqueles que completaram o exercício do equilíbrio (4,5%). Após ajustar fatores, como idade, sexo e condições subjacentes, falhar no exercício foi associado a um risco aumentado de 84% de morte por qualquer causa na próxima década.

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Analisando o perfil daqueles que falharam, os autores concluíram que estes tinham, na maioria dos casos, piores marcadores de saúde, como doenças cardíacas e pressão alta. Especificamente, casos de diabetes tipo 2 eram três vezes mais comuns neste grupo.

Qual é a causa do aumento de mortes?

Apesar da associação entre a incapacidade de manter o equilíbrio e o risco aumentado de morte, não é possível afirmar que uma condição provocou a outra. Além disso, os autores explicam que este é um estudo observacional e, como tal, não pode estabelecer a causa.

Outra questão relvante é que informações sobre fatores potencialmente influentes — como histórico recente de quedas, níveis de atividade física, dieta, tabagismo e uso de medicamentos que possam interferir no equilíbrio — não estavam disponíveis durante a análise. Agora, mais estudos devem confirmar a descoberta.

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Fonte: British Journal of Sports Medicine e Universidade de Bristol