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Risco de gripe aviária se espalhar é “enorme preocupação” para OMS

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Na quinta-feira (18), a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o crescente risco que a gripe aviária H5N1 representa para a saúde pública e para os humanos, com o aumento dos casos da doença observado entre os mamíferos. Em especial, o problema está relacionado com uma estirpe do vírus H5N1 de alta patogenicidade, conhecido como HPAI A(H5N1).

No momento, a gripe aviária caminha para se consolidar como uma "pandemia global entre os animais", como indica Jeremy Farrar, cientista-chefe da OMS, em pronunciamento. Milhões de animais já morreram em consequência da doença, desde 2020, quando começou a se espalhar entre animais selvagens, mas, agora, infecta uma variedade grande de espécies. 

Neste mês, a gripe aviária provocou surtos em fazendas de criação de gado leiteiro em pelo menos cinco estados dos EUA. Um dos funcionários dos criadouros afetados foi infectado pelo vírus, conhecido pela elevada letalidade. 

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No momento, a recomendação da OMS é incentivar o monitoramento dos animais contaminados pelo vírus da gripe aviária em todo o globo — até ursos-polares já foram infectados, além de alguns humanos. Em paralelo, é preciso desenvolver estratégias de combate ao patógeno, como remédios e vacinas.

Risco da gripe aviária em humanos

“A enorme preocupação, claro, é que, ao infectar patos e galinhas [aves selvagens e de criação] e, depois, cada vez mais, mamíferos, esse vírus evolui e desenvolve a capacidade de infectar humanos”, explica o cientista-chefe da OMS. 

Em relação à evolução, o próximo passo é o vírus da gripe aviária desenvolver “a capacidade de passar de humano para humano”, afirma Farrar. Até o momento, nenhum caso de transmissão entre humanos foi identificado.

No entanto, esse potencial risco precisa ser considerado, ainda mais quando se analisa um vírus cuja “taxa de mortalidade é extraordinariamente elevada” em humanos, como explica o cientista.

Vacina contra gripe aviária?

De forma paralela ao avanço dos casos da gripe aviária H5N1 em animais selvagens, de criação ou domésticos, os pesquisadores do Instituto Butantan, no Brasil, já desenvolvem uma possível vacina contra este vírus

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Por enquanto, são realizados testes pré-clínicos, mas a expectativa é que os primeiros resultados do imunizante sejam divulgados até o final deste ano. Outros laboratórios no mundo desenvolvem versões próprias de uma potencial vacina.

Fonte: OMS