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Remédio contra câncer de mama mata células tumorais com uma só dose

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Rido81/Envato
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Nos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign desenvolvem um novo tratamento revolucionário contra o câncer de mama. Com uma única dose do remédio ErSO-TFPy, é possível matar todas as células tumorais em experimento com animais.

O potencial tratamento oncológico em dose única é destinado especificamente para o câncer de mama positivo para receptor de estrogênio (ER+), como detalha o estudo recém-publicado na revista ACS Central Science.

Embora este não seja o câncer de mama mais agressivo, o tratamento é também complexo, já que envolve cirurgia, muitas doses de remédio e cerca de 5 a 10 anos de terapia para evitar a reincidência (volta do tumor). Então, soluções com menos efeitos colaterais são fundamentais, como o remédio ErSO-TFPy. 

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Remédio contra câncer em dose única

Nos testes de laboratório, os pesquisadores observaram que o medicamento ErSO é capaz de destruir as células tumorais do câncer de mama. Inicialmente, elas incham e, em seguida, “morrem” por causa da necrose

A primeira versão do remédio era eficaz, mas gerava muitos efeitos colaterais (ou seja, falhava na segurança). Assim, a equipe de cientistas precisou trabalhar novamente na fórmula contra o câncer de mama, o que resultou na versão mais recente, a ErSO-TFPy

Na última rodada de testes pré-clínicos, a medicação demonstrou ser segura. Por exemplo, no caso de camundongos com câncer, uma única dose foi suficiente para eliminar o tumor. Resultados semelhantes foram obtidos com ratos e cães (beagles).

Câncer de mama no Brasil

"Se [o resultado dos testes em animais] for transferido com sucesso para pacientes humanos com câncer, os benefícios de um medicamento anticâncer eficaz com uma única dose seriam significativos", afirmam os autores. No momento, não há previsão de início dos testes clínicos com humanos.

Vale lembrar que, no Brasil, o câncer de mama é o segundo mais comum entre as mulheres, após o de pele não melanoma. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são previstos cerca de 74 mil novos casos por ano no país. Por aqui (e em qualquer lugar do mundo), novas terapias, quando seguras e eficazes, são sempre bem-vindas.

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