Regdanvimabe: Anvisa autoriza uso emergencial de anticorpo monoclonal para COVID
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
Nesta quarta-feira (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária concedeu autorização de uso emergencial para um novo medicamento contra o coronavírus SARS-CoV-2, o Regkirona (regdanvimabe). O novo anticorpo monoclonal é a quarta medicação autorizada no Brasil para tratamento da COVID-19 e foi desenvolvido pela farmacêutica sul-coreana Celltrion Healthcare.
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Segundo a Anvisa, "o regdanvimabe é um anticorpo monoclonal, ou seja, um produto biológico produzido em laboratórios e que reproduz anticorpos que ajudam o organismo no combate a alguma doença específica", no caso, a COVID-19. No entanto, ele não deve ser usado como método preventivo da doença.
De dose única injetável, o uso deste medicamento deve ser restrito a hospitais, de acordo com as orientações da Anvisa. Além disso, o tratamento pode ser iniciado em até sete dias após o início dos sintomas da infecção por coronavírus.
Quem pode usar os anticorpos monoclonais?
O regdanvimabe é indicado para o tratamento de adultos com COVID-19 leve ou moderada e que não necessitam de suplementação de oxigênio, mas que apresentam alto risco de progressão para a doença em sua forma mais grave.
Na bula do medicamento, o uso é recomendado para pacientes que atendam a pelo menos um dos seguintes critérios: índice de massa corporal (IMC) ≥35; doença renal crônica; diabetes; doença imunossupressora; 65 anos ou mais; 55 anos ou mais e apresentar doença cardiovascular ou alguma doença respiratória crônica.
Por outro lado, a contraindicação é para quem já esteja hospitalizado em decorrência da COVID-19, precise de oxigenoterapia ou requeira um aumento na taxa de fluxo de oxigênio basal. Além disso, não foram desenvolvidos estudos com o uso do anticorpo monoclonal em grávidas.
Medicamentos aprovados pela Anvisa
Nos estudos clínicos com os anticorpos monoclonais, os pesquisadores responsáveis observaram uma redução dos danos pulmonares, diminuição da viremia — que é a presença de uma agente infeccioso no sangue — e do risco de hospitalização. Além da Anvisa, a agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) e a europeia European Medicines Agency (EMA) já aprovarem esse tipo de medicamento para uso emergencial.
No combate brasileiro ao coronavírus, a Anvisa já aprovou também o registro do antiviral experimental remdesivir, da Gilead Sciences. Além disso, foi autorizado o uso emergencial de mais dois medicamentos: o Regn-CoV2 — que funde dois anticorpos monoclonais, o casirivimabe e imdevimabe —, desenvolvido pelas farmacêuticas Regeneron e Roche; e a associação dos anticorpos banlanivimabe e etesevimabe, da Eli Lilly.
Fonte: Anvisa