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Quais são os sinais de alerta para cada tipo de transtorno alimentar?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Gpointstudio/Envato
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No mundo, mais de 14 milhões de pessoas vivem com transtornos alimentares, como anorexia e bulimia nervosa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Inclusive, cerca de 3 milhões de crianças e adolescentes convivem com estes distúrbios. Apesar de serem bastante comuns, os sinais e sintomas de cada um deles são pouco conhecidos pela população.

É importante destacar que transtornos alimentares não devem ser interpretados como uma questão estética de menor importância ou como uma "frescura", já que envolve uma rede complexa de fatores. Na verdade, pessoas que vivenciam estes quadros precisam de ajuda e acompanhamento médico especializado, além do suporte da família e de amigos.

A seguir, confira quais são os sinais dos transtornos alimentares mais comuns — que podem ir além da preocupação com a comida e questões de peso ou forma corporal:

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1. Bulimia nervosa

Pessoas com bulimia tendem a comer compulsivamente e, em seguida, buscam formas de eliminar a alimentação ingerida, através do uso de remédios laxantes, diuréticos ou da indução ao vômito. Dessa forma, ir imediatamente ao banheiro após uma refeição e dependência de laxantes podem ser indicadores do quadro e, quando identificados, devem servir de alerta para familiares e amigos.

2. Transtorno da compulsão alimentar

No caso do transtorno da compulsão alimentar (TCA), o paciente come de forma exagerada, mesmo sem estar com fome. Por causa do comportamento, o indivíduo perde o controle de quantidades e acaba passando mal após a refeição. Os indicativos mais comuns estão relacionados com a ingestão descontrolada e, às vezes, os indivíduos podem comer em segredo para evitar julgamentos.

Aqui, é preciso reforçar a regularidade do hábito. Pessoas que exageram na hora de comer durante uma ocasião especial não devem ser enquadrados como portadoras do distúrbio.

3. Anorexia nervosa

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A anorexia nervosa está associada com a perda de peso, obsessão pela quantidade de calorias ingeridas em cada refeição e o "medo" de ganhar peso. O ideal dessas pessoas tende a ser o muito e extremamente magro. Neste contexto, sinais de alerta são:

  • Supervalorização da forma física e do peso;
  • Regras muito restritas de alimentação, incluindo longos períodos de jejum;
  • Prática excessiva de atividades físicas;
  • Evitar qualquer tipo de encontro que envolva comida (isolamento social), como almoços e jantares.

Outro ponto é a questão da faixa etária. "A anorexia nervosa geralmente tem início durante a adolescência ou início da idade adulta e está associada à morte prematura devido a complicações médicas ou suicídio", pontua a OMS.

4. Transtorno alimentar restritivo evitativo

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Entre os distúrbios, o transtorno alimentar restritivo evitativo (Tare) é um dos mais novos reconhecidos pela medicina. Nesta condição, a pessoa evita comer determinados grupos de alimentos, o que, às vezes, pode ser confundido como um paladar exigente. Restrições também podem envolver alimentos com cores ou texturas específica, o que restringe ainda mais a alimentação. Para o diagnóstico, é preciso estar atento o que o indivíduo leva ao prato e o porquê de determinadas escolhas.

5. Alotriofagia ou síndrome de pica

Popularmente conhecida como síndrome de pica, a alotriofagia envolve a compulsão por se alimentar de produtos que não são alimentos e nem são comestíveis, como algodão, gelo, sabão, giz ou ainda pedras. Quando recorrente, o comportamento estranho é o principal identificador do distúrbio. Dependendo do tipo de substância ingerida, é necessário buscar imediatamente ajuda médica.

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6. Ortorexia nervosa

Pessoas com ortorexia costumam ter fixação em comer apenas alimentos que elas próprias consideram saudáveis. Devido à condição, o indivíduo evita fazer refeições fora de casa, excluí determinados tipos de alimentos da dieta e pode até evitar o convívio social, buscando evitar julgamentos. A procura obsessiva pelo alimento perfeito deve ser um alerta.

Hoje, a condição não é classificada oficialmente como um transtorno alimentar, já que falta consenso sobre o diagnóstico, mas muitos profissionais consideram informalmente o quadro como um distúrbio.

Buscar ajuda é fundamental

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De forma resumida, isolamento social, mudanças abruptas nos hábitos alimentares, prática de atividade física excessiva e alterações no peso (para menos ou mais) devem servir de alerta para possíveis transtornos alimentares. Nestes casos, a ajuda médica na área da psiquiatria é fundamental, além de nutricionistas e terapeutas (psicólogos). Em alguns casos, a terapia pode ser individual ou mesmo em grupo (familiar).

Dependendo da cidade, é possível buscar atendimentos bastante específicos para os transtornos e estes costumam estar associados com universidade públicas ou centros de pesquisas. Por exemplo, na cidade de São Paulo, existe o Programa de Transtornos Alimentares (Ambulim), desenvolvido pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Fmusp). Outro exemplo na capital paulista é o Núcleo de Atenção aos Transtornos Alimentares (Proata), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Fonte: OMS CNN