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Proteína pode ajudar a interromper progressão do Alzheimer

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Junho de 2024 às 09h13

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A medicina se esforça a cada dia para chegar a uma "solução" para o Alzheimer, mas a condição é tão complexa que ainda está longe de ser contida. No entanto, um artigo da Nature Neuroscience revela um possível método para interromper a progressão da doença: a manipulação de uma proteína específica, chamada plexina-B1.

A pesquisa do Icahn School of Medicine at Mount Sinai (EUA) ajudou a perceber que manipular a plexina-B1 pode aumentar a capacidade do cérebro de eliminar as placas amiloides, uma característica do Alzheimer.

O estudo mostra que os astrócitos reativos — um tipo de célula cerebral que é ativada em resposta a lesões ou doenças — desempenham um papel muito importante n este processo e ajudam a controlar o espaçamento em torno das placas amiloides, afetando a forma como outras células cerebrais podem acessar e eliminar esses depósitos prejudiciais.

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Para a realização da pesquisa, os pesquisadores compararam dados complexos de indivíduos saudáveis ​​e dados de pacientes com Alzheimer, principalmente com o objetivo de compreender os fundamentos moleculares e celulares da doença.

Proteína plexina-B1 no combate ao Alzheimer

Os pesquisadores do Icahn Mount Sinai descobriram que o PLXNB1, um gene central previsto para conduzir uma sub-rede genética, é regulado positivamente em astrócitos reativos ao redor das placas amiloides.

Com essas descobertas, os cientistas esperam pavimentar novos caminhos para a pesquisa do Alzheimer, enfatizando a importância das interações celulares no desenvolvimento tratamentos de doenças neurodegenerativas.

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Na defesa dos especialistas, o artigo "avança significativamente a nossa compreensão da doença" e "estabelece uma base sólida para o desenvolvimento de novas terapias direcionadas".

Então a ideia é que, ao demonstrar o papel crítico da plexina-B1 na doença de Alzheimer, os pesquisadores tenham conseguido abrir portas para possíveis próximos tratamentos destinados a interromper a progressão da doença.

Progressão do Alzheimer

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Ainda não há tratamentos que realmente impeçam a progressão do Alzheimer, então por enquanto o que se tem é medicamentos para tratar os sintomas de demência.

Além disso, o uso de sistemas de apoio e intervenções comportamentais pode melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras de demência e de seus cuidadores e familiares.

De acordo com a Alzheimer's Association, o gene APOE-e4 é o gene de risco mais comum associado ao Alzheimer, responsável por influenciar até 25% dos casos.

Existem alguns fatores que podem agravar o quadro. Alcoolismo pode acelerar a progressão do Alzheimer, por exemplo.

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Fonte: Nature Neuroscience, Alzheimer's Association