Primeira morte pelo novo coronavírus é registrada no Brasil
Por Fidel Forato | 17 de Março de 2020 às 12h35
Ontem (16), o Brasil registrou a primeira morte em decorrência do novo coronavírus SARS-COV-19, na cidade de São Paulo. A primeira vítima brasileira foi um homem com 62 anos, internado em um hospital privado. A informação também foi confirmada pelo Ministério da Saúde, no Twitter.
O caso foi detalhado pelo Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, e o Coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, David Uip, em coletiva de imprensa. O primeiro paciente não tinha histórico de viagem, no entanto, possuía diabetes e hipertensão, condições pré-existentes que aumentam a gravidade da infecção.
Segundo o infectologista David Uip, a primeira vítima fatal do novo coronavírus no país apresentou os primeiros sintomas no dia 10 de março, deu entrada na UTI no dia 14 e faleceu ontem (16). Além do óbito, mais quatro mortes são investigadas por suspeita de terem sido provocadas pala COVID-19, explica Uip.
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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo até então registrava 162 casos confirmados da COVID-19. Do total, 154 residem na Capital e os demais (8) estão na grande São Paulo. Na região, já registraram pelo menos um caso Santana do Parnaíba, Ferraz de Vasconcelos, Carapicuíba, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Santo André e Mauá.
Sobre os números atualizados de casos, o Coordenador do Controle de Doenças da Secretária Estadual da Saúde de São Paulo, Paulo Menezes, explica que eles podem variar, porque as estatísticas são atualizadas em tempo real. "O número exato é muito relativo, tudo depende da hora", afirma Menezes.
O Estado também registra outros 1.177 casos suspeitos e 623 descartados. Atualmente, medidas de prevenção foram definidas pelo Governo do Estado que incluem suspensão de eventos de massa, alteram funcionamento de serviços públicos e cancelamento de férias para profissionais de saúde.
Além disso, há indicação de trabalho remoto para servidores com idade a partir de 60 anos, gestantes, portadores de doenças crônicas, hipertensos e pacientes com baixa resistência imunológica, ou seja, para os grupos de risco da COVID-19. No entanto, a medida não se aplica aos servidores de Saúde, Segurança Pública e Administração Penitenciária, por exemplo.
Fonte: Governo de São Paulo e BBC