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Praga na Nova Zelândia acabou em explosão e combustão de calças; entenda

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Outubro de 2021 às 08h30

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Matt Moloney/Unsplash
Matt Moloney/Unsplash

O ano era 1930 e o lugar era a Nova Zelândia, país localizado na Oceania. Naquela época, muitas pessoas estavam reclamando que suas calças estavam explodindo e pegando fogo. Os relatos vinham, principalmente, de agricultores, que passavam pela situação enquanto faziam tarefas do dia a dia, como na hora de montar em um cavalo, ou ainda vendo suas calças secando no varal.

Em casos mais graves, as calças explodiam e pegavam fogo quando as pessoas ainda as vestiam, ou ainda quando não dava tempo de salvar e elas acabavam incendiando uma casa inteira. Mas o que estava causando isso? Segundo relatórios da época, as explosões e incêndios eram provocados por uma tentativa de acabar com uma planta chamada Senecio jacobaea, que foi levada ao país em 1800.

Classificada como uma erva daninha, a planta era capaz de causar diversos tipos de problemas aos animais, danificando o fígado e os deixando suscetíveis a vários problemas de saúde, como cólicas, diarreia, queimaduras de sol, cegueira e até morte. Para acabar com a planta, então, era usado um produto químico chamado clorato de sódio que, por sua vez, também era nocivo.

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Recomendado pelo Departamento de Agricultura da Nova Zelândia, o produto químico era altamente volátil, precisando que as pessoas usassem roupas de proteção na hora de usá-lo. Além disso, o clorato de sódio é explosivo quando é misturado com materiais orgânicos, o que fez com que pessoas começassem  a experienciar esses efeitos colaterais. Calças feitas de materiais orgânicos, como lã ou algodão, acabavam absorvendo o produto e, uma vez seco, a sua remoção é praticamente impossível. Depois que seca, o material com a substância absorvida pode explodir perto do calor ou como consequência do atrito, pegando fogo de forma rápida e sendo bastante difícil de apagar.

A recomendação, na época, foi que os trabalhadores usassem roupas largas para que, em caso de emergências, conseguissem tirar rapidamente, já que o calor formado acontece de forma tão instantânea que não havia medidas preventivas.

Fonte: IFL Science