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Onda de Parkinson intriga os EUA e a causa pode estar em produtos de limpeza

Por| Editado por Wallace Moté | 08 de Abril de 2021 às 19h20

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twenty20photos/envato
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Uma onda de casos da doença de Parkinson tem tomado os Estados Unidos e preocupado bastante os especialistas nos últimos tempos. A medicina apresenta dificuldade em rastrear a causa, em grande parte porque a condição neurológica degenerativa pode ser desencadeada pela exposição a produtos químicos anos antes dos sintomas aparecerem. No entanto, talvez tenham conseguido achar um culpado: tricloroetileno (TCE), presente em produtos de limpeza doméstica e industrial.

Quem levantou o olhar para essa possibilidade foi o neurologista Ray Dorsey, da University of Rochester Medical Center, durante uma entrevista ao The Guardian. Justiça seja feita: não é a primeira vez que os especialistas apontam esse suspeito, mas acontece que o composto é frequentemente esquecido em estudos sobre a doença porque décadas inteiras podem se passar entre a exposição e o início dos sintomas em alguns casos.

A doença de Parkinson já é o distúrbio neurológico de crescimento mais rápido no mundo; nos Estados Unidos, o número de pessoas com Parkinson aumentou 35% nos últimos dez anos, segundo Dorsey, que estima que nos próximos 25 anos o número vai dobrar.

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Até o momento, a evidência mais clara em torno do risco de TCE para a saúde humana é derivada de trabalhadores que são expostos ao produto químico no local de trabalho. O TCE é um carcinógeno ligado ao câncer do colo do útero, fígado, vias biliares, sistema linfático e tecido mamário masculino e defeitos cardíacos fetais, entre outros efeitos.

Sua relação conhecida com o Parkinson pode frequentemente ser negligenciada devido ao fato de que a exposição ao TCE pode anteceder o início da doença em décadas. Enquanto algumas pessoas expostas podem adoecer rapidamente, outras podem, sem saber, trabalhar ou viver em locais contaminados durante a maior parte de suas vidas antes de desenvolverem os sintomas de Parkinson. “Numerosos estudos ligaram a água de poço à doença de Parkinson”, disse Dorsey ao The Guardian .

Embora alguns lugares do mundo regulem fortemente o TCE, como a Europa, onde é proibido, os especialistas estimam que o composto químico esteja atualmente presente em cerca de 30% das águas subterrâneas dos EUA. Filtros podem ajudar a reduzir o TCE na água potável, mas tomar banho em água contaminada, bem como inalar vapores de águas subterrâneas e solo tóxicos, pode ser muito mais difícil de evitar.

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Fonte: The Guardian