Arrepiante! Cientistas transformam químicas de defesa de insetos em sons; ouça
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 27 de Setembro de 2021 às 10h10
Alguns insetos utilizam substâncias químicas desagradáveis destinadas a repelir predadores. Tendo isso em mente, pesquisadores do Institut Supérieur Industriel de Bruxelles (Bélgica) fizeram uma tradução dessa defesa química em sons. E depois fizeram uma análise do quanto esse resultado sonoro seria desagradável aos ouvidos de um ser humano.
- 5 experimentos com insetos ciborgues que todo mundo precisa conhecer
- Este inseto tem poder de sucção maior que o de um elefante
- Por que os mosquitos picam mais algumas pessoas do que outras?
Antes de tudo, escute o áudio. O que você sente quando ouve? Os produtos químicos liberados por formigas foram transformados em sons por meio de um processo chamado sonificação. Características importantes de cada molécula, como seu peso molecular e quais grupos funcionais ela possui, foram mapeadas em diferentes parâmetros de som, como altura, duração e timbre. A informação química foi convertida com a ajuda de um sintetizador, que produz um som para cada molécula. E esses sons foram então normalizados em vários níveis de volume.
Para quantificar o quão desagradáveis os sons de formigas, lagartas, moscas são para o ouvido humano, os pesquisadores contaram com 50 participantes. Parte deles descreveu alguns dos sons como "desagradáveis" ou mesmo "assustadores". A intenção foi mostrar que as respostas de insetos e humanos estão correlacionadas e indicar que a sonificação pode se aproximar do "mundo real" das interações predador-presa.
O estudo menciona que nossos cérebros processam as informações de maneira diferente, dependendo do sentido que usamos para percebê-las. “Normalmente, um processo de sonificação é usado para detectar fenômenos específicos em grandes conjuntos de dados. Exemplos de tais fenômenos são terremotos em dados sismológicos", escrevem os pesquisadores.
Para ouvir mais sons de insetos captados e convertidos pelos pesquisadores do estudo, acesse aqui.
Fonte: EurekAlert