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Por que temos mais cabelo na cabeça do que pelos no corpo?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Agosto de 2021 às 10h30

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diana.grytsku/Freepik
diana.grytsku/Freepik

Por mais que você seja uma pessoa com bastante pelo corporal, seus fios não se comparam com os de um animal tipo o macaco, por exemplo. Inclusive, você já deve ter percebido que, diferente de outras criaturas, grande parte de nossos pelos parece estar concentrada na cabeça.

No entanto, não é bem assim: ainda que muitos dos fios não apareçam, o corpo humano (exceto pelas solas dos pés e palmas das mãos) conta com cerca de cinco milhões de folículos, assim como qualquer primata. O que acontece, no entanto, é que os pelos corporais são mais curtos, podendo até ser praticamente invisíveis, ao contrário dos que crescem na cabeça.

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Tipos e fases

Nós, humanos, somos os únicos animais com essas características, e nós contamos com dois tipos básicos de fios: o pelo terminal, que cresce a partir do couro cabeludo, cílios e sobrancelhas, e o cabelo vellus, também conhecido como velino, que cresce em todos os outros lugares. A principal diferença entre os dois é o tempo que leva para a queda do fio, sendo exatamente o que vai determinar a espessura e comprimento.

Os folículos de cabelo passam pelos ciclos de crescimento, aumentando e engrossando continuamente por cerca de 0,4 milímetros por dia, e de dormência, quando o folículo que perdeu o fio fica dormente por até seis meses antes de crescer novamente. Essa fase de crescimento é controlada pelos nossos hormônios. Os pelos da perna, por exemplo, crescem por cerca de dois meses apenas, o que justifica eles serem pequenos e finos. Já os pelos das axilas crescem por até seis meses, enquanto os da cabeça podem crescer sem interrupções por até seis anos. 

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Por que diferentes?

O motivo de nós termos dois tipos de cabelo é apoiado pela evolução. Pesquisadores dizem que quando nossos ancestrais saíam para caçar nas florestas, precisavam manter seus corpos resfriados do calor e, ao mesmo tempo, proteger os cérebros do sol. Com isso, o tamanho dos pelos do corpo foram reduzidos com o tempo.

A perda de cabelo também pode ter sido influenciada pela descoberta de roupas, fogo e cavernas, diminuindo a importância da pele como uma aliada para o aquecimento à noite. Enquanto isso, os cabelos da cabeça foram ficando a cada vez mais grossos e compridos para reter o calor no frio e continuar nos protegendo do sol. De acordo com evidências genéticas, nossos ancestrais perderam os pelos do corpo há cerca de 1,7 milhão de anos.

Além da evolução pela proteção, os cientistas acreditam também que nós ficamos com os corpos menos peludos para melhorar a nossa capacidade de identificar um ao outro e facilitar a comunicação. Os pesquisadores também acreditam que o processo aconteceu para o desenvolvimento de mais resistência contra doenças, visto que muitos parasitas gostam de se manifestar em pelagens.

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Mesmo com toda a evolução, humanos machos ainda sofrem com a queda de cabelo. A partir dos 30 anos, a redução de pelos começa a ficar mais visível, mas isso não acontece porque há a perda de cabelo, mas sim a mudança. Uma cabeça calva não é completamente pelada, pois continua contando com cerca de 100 mil folículos que, simplesmente, mudaram de tipo.

Fonte: New Scientist