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Robô cabeleireiro desembaraça os fios e promete a "escova perfeita"

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 11 de Maio de 2021 às 15h45

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Tim Mossholder/Unsplash
Tim Mossholder/Unsplash

Você gostaria de ter um robô que ajudasse a pentear o cabelo sempre que você acordasse com os fios todos emaranhados e difíceis de desembaraçar? Parece um episódio de Os Jetsons, mas para os cientistas de Harvard e do MIT, ambos nos EUA, essa é uma necessidade real, principalmente para idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Nos serviços de saúde, os enfermeiros gastam até 40% do tempo realizando tarefas diretamente ligadas ao atendimento personalizado de pacientes que precisam de cuidados especiais, indica um estudo conduzido pelo BMC Nursing. “Nesse cenário, um robô capaz de pentear os cabelos pode aliviar e até mesmo eliminar a sobrecarga dos cuidadores”, diz a responsável pelo projeto, Josie Hughes.

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Ideia antiga

Um robô que penteia e desembaraça madeixas pode parecer até subutilização de tecnologia, mas máquinas engenhosas, que conseguem proporcionar um tratamento completo de beleza com direito a maquiagem, barba feita e cabelos lavados não são ideias exatamente novas.

Em 2011, a Panasonic desenvolveu um robô capaz de lavar, massagear e até mesmo secar os cabelos dos clientes. Na época, o slogan já dizia: “proporciona uma vida segura e confortável para idosos e pessoas com mobilidade reduzida”.

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Cabeleireiro 2.0

O braço robótico desenvolvido nos laboratórios do MIT traz uma escova macia e sensorizada. Uma câmera acoplada ajuda o robô a “ver” e avaliar em tempo real as ondulações do cabelo para executar uma escovação delicada, rápida e indolor.

Para testar o controle sobre o grau de emaranhamento dos feixes de fibras, a equipe colocou o RoboWig para escovar perucas com cabelos totalmente lisos e muito crespos, variando a intensidade do movimento e quantidade da força aplicada pelo braço robótico durante a escovação.

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Para todos os tipos de cabelos

O RoboWig consegue identificar o tipo de cabelo a ser escovado utilizando um modelo que representa os fios emaranhados como hélices duplas entrelaçadas, como se fossem uma cadeia de DNA.

“Ao desenvolver um modelo de fibras emaranhadas, entendemos que os cabelos começam a se entrelaçar na parte inferior, avançando lentamente para evitar o bloqueio das fibras. Isso é algo que todo mundo que escovou o cabelo aprendeu com a experiência, mas agora é algo que podemos demonstrar por meio de um modelo e usar para informar um robô”, explica Hughes.

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Como cada fio de cabelo é diferente, o robô precisa analisar a interação entre as fibras para evitar nós. Além disso, se a estratégia de escovação for incorreta, o processo pode ser doloroso e danificar o cabelo.

A escova faz a diferença

As cerdas macias e ajustáveis da escova permitem que a força aplicada durante a escovação seja medida. Já os sensores possuem um sistema de controle que recebe um feedback tátil para executar uma ação automaticamente, sem a intervenção humana.

Esse método de controle avançado permite que o usuário sinta o que o robô está fazendo para poder otimizar a configuração do dispositivo, avaliando a dor potencial e o tempo gasto para escovar os cabelos.

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No futuro, a equipe pretende abandonar as perucas e testar o RoboWig em seres humanos para entender melhor como o dispositivo se sai ao pentear os cabelos de uma pessoa de verdade, mais exigente e sensível à dor. “Essa métrica é altamente subjetiva, o que dói muito para uma pessoa, pode ser apenas um desconforto para outra”, completa Hughes.

Você teria coragem de ir a um salão de beleza cheio de cabeleireiras robotizadas, capazes de avaliar o seu tipo de cabelo, lavar, massagear, secar e quem sabe até fazer aquele corte perfeito, que você acabou de ver na revista de moda?

Fonte: MIT