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Plantas ajudam no desenvolvimento de novos remédios contra o câncer

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Abril de 2022 às 12h18

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 twenty20photos/Envato
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O tratamento contra o câncer costuma envolver complexas estratégias, como o uso combinado de radiação ionizante (radioterapia) com fórmulas químicas de última geração (quimioterapia). Para este último grupo, o uso de plantas e o potencial da biodiversidade representam um caminho necessário na pesquisa. Inclusive, já permitiram a descoberta de importantes medicamentos.

“Existem muitos tipos e subtipos de tumores diferentes que estão sendo descobertos o tempo todo, então ainda precisamos de novas ideias e novos medicamentos”, explica Susan Short, professora da Universidade de Leeds, na Inglaterra, para o jornal The Guardian. A solução, segundo Short, pode estar nas plantas e nas ervas medicinais.

Plantas contra o câncer

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No tratamento do linfoma de Hodgkin, do melanoma e de outros tipos de câncer, a vinblastina e a vincristina podem ser usadas na composição dos medicamentos. A obtenção dois dois compostos depende da extração da rosa pervinca (Catharanthus roseus), nativa da ilha de Madagascar. Hoje, é cultivada em todo mundo e também é disseminada como uma planta ornamental.

“A pervinca foi usada originalmente como um tratamento tradicional para diabetes, mas pesquisas posteriores mostraram que apresentava propriedades anticancerígenas”, explica Melanie-Jayne Howes, pesquisadora do Royal Botanic Gardens, na Inglaterra. Este é um dos muitos exemplos da botânica aplicada na luta contra o câncer.

No campo de pesquisas em andamento, está o trabalho da professora Short. Ela investiga a eficácia de um medicamento à base de cannabis Sativex para tratar pacientes contra uma forma agressiva de tumor cerebral. Outros estudos envolvem o uso da mesma medicação contra a esclerose múltipla.

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No Brasil, a startup PHP Biotech anunciou uma série de estudos para viabilizar um novo medicamento contra o câncer de mama Triplo-Negativo. Atualmente, não há uma alternativa de terapia específica para este tipo de tumor no mercado. A solução pode ser um elemento da biodiversidade brasileira.

Biodiversidade em risco e a ciência

É um fato que as plantas têm um papel vital nas terapias contra os tumores, mas nem todas ainda forma sintetizadas. Isso significa que não podem ser produzidas em larga escala, através de laboratórios, ou seja, o uso destes compostos ainda depende da extração.

“Ainda hoje, os cientistas não conseguiram sintetizar alguns medicamentos, porque são tão complexos, então ainda dependemos de plantas para os principais medicamentos contra o câncer”, lembra Howes. Em alguns casos, isso pode levar a extinção de algumas espécies na natureza.

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Nos próximos anos, a tendência é que pesquisas que partam de compostos naturais, como plantas, floresçam em todo o mundo. Idealmente, estas novas inciativas devem se envolver com a preservação das florestes e das espécies conhecidas (ou não). Afinal, no futuro, poderão contribuir com respostas contra doenças ainda nem imaginadas.

Fonte: The Guardian