Pílula do dia seguinte: para que serve e quando tomar?
Por Natalie Rosa | Editado por Luciana Zaramela | 03 de Agosto de 2021 às 09h30
Existem diversos tipos de medicamentos anticoncepcionais, entre pílulas, adesivos e injeções, além dos preservativos e DIU, opções bastante escolhidas na hora de prevenir uma gravidez. Além dessas opções que podem ser usadas com frequência, existe um método contraceptivo de emergência chamado pílula do dia seguinte.
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Esta forma de prevenir a gravidez indesejada, no entanto, é uma opção extrema, ainda que seja acessível, e só deve ser usada em último caso. Por não ser algo que pode ser tomado com frequência, muitas dúvidas podem ficar no ar sobre o que é a pílula do dia seguinte e como ela age na prevenção da gravidez. Pensando nisso, preparamos um breve guia com o que você precisa saber sobre o método contraceptivo.
Este é um conteúdo informativo. Evite a automedicação: consulte seu médico, siga corretamente as recomendações e leia a bula! |
O que é a pílula do dia seguinte?
A pílula do dia seguinte é um método contraceptivo de emergência composto pelo hormônio levonorgestrel, um tipo de progesterona sintética que inibe ou retarda a ovulação. Com isso, o hormônio altera a mobilidade tubária e dificulta a passagem do espermatozoide no muco cervical.
O contraceptivo também pode ter em sua composição o acetato de ulipristal, que atua no organismo impedindo a implantação do óvulo fecundado no útero. Ambos os compostos funcionam apenas para evitar a fecundação e não terão efeito abortivo caso o óvulo já esteja fecundado. Ainda assim, não é recomendado o seu uso caso já haja a suspeita de gravidez.
Quando e como tomar a pílula do dia seguinte?
O objetivo da pílula do dia seguinte é evitar a gravidez quando houve a relação sexual sem o uso de preservativos ou qualquer outro tipo de contraceptivo. O uso, no entanto, deve acontecer apenas em casos de emergência, e a pílula deve ser ingerida em até três ou cinco dias após o sexo, dependendo da recomendação da farmacêutica responsável.
Entre as recomendações de uso da pílula do dia seguinte estão a movimentação e deslocamento do DIU ou do diafragma, esquecimento da pílula anticoncepcional tradicional, relação sexual sem preservativo masculino ou feminino, e casos de violência sexual.
A pílula do dia seguinte pode ser tomada em um ou dois comprimidos que podem ser ingeridos em qualquer dia do ciclo menstrual, respeitando o prazo máximo após a relação sexual desprotegida. Se você faz uso de anticoncepcionais, deve continuar seguindo a cartela normalmente.
Efeitos colaterais, contra-indicações e precauções
Ao tomar a pílula do dia seguinte, a mulher pode ter sintomas intensos como sangramento vaginal, atraso ou antecipação da menstruação, diarreia, náusea, vômito, tontura, dor nas mamas e no abdômen e inchaço. É comum que o ciclo menstrual fique desregulado por um tempo, por isso é preciso estar ciente que a pílula não irá proteger as relações sexuais posteriores à ingestão. Caso a menstruação atrase por um tempo considerável, a recomendação é que seja feito um exame de gravidez para comprovar se a pílula teve a ação desejada.
Não é indicado o uso da pílula do dia seguinte de forma constante devido à alta quantidade de hormônio presente em sua composição, o que pode trazer prejuízos para a saúde e reduzir a eficácia. O uso indiscriminado de hormônios pode resultar em câncer, trombose e embolia pulmonar, além de trazer danos ao feto em uma possível gravidez.
A pílula do dia seguinte é contra-indicada a quem tem hipertensão, problemas vasculares, doenças no sangue e obesidade mórbida, correndo o risco de o comprimido não ter efeito ou ainda ocasionar outros problemas de saúde. Cada caso precisa ser avaliado individualmente.
Então, mais uma vez, reforçamos: o uso da pílula do dia seguinte deve acontecer apenas em casos de extrema emergência.
Fonte: WebMD