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Pessoas infectadas pela Ômicron têm proteção contra a subvariante BA.2

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Março de 2022 às 11h20

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AnnaStills/Envato Elements
AnnaStills/Envato Elements

Pesquisadores do Catar e dos Estados Unidos descobriram que pessoas que foram infectadas pela variante Ômicron (B.1.1.529 ou BA.1) do coronavírus SARS-CoV-2 estão protegidas contra outras subvariantes, como a BA.2. Ainda não se sabe a duração desta imunidade contra a covid-19, mas pelo menos funciona e é eficaz no curto prazo.

Publicado na plataforma MedRxiv, o preprint — estudo que ainda não passou por revisão de pares — foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade do Catar e da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Os dados sobre a imunidade pós-Ômicron foram obtidos com o Ministério da Saúde Pública do Catar, onde casos da variante e da BA.2 estiveram em alta nos últimos meses.

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Segundo os cientistas, as pessoas que foram recentemente infectadas pela Ômicron estão 95% protegidas contra a infecção da BA.2, considerada ainda mais infecciosa que o coronavírus original. "A infecção com uma sublinhagem Ômicron parece induzir uma proteção forte, mas não total, contra a reinfecção com a outra sublinhagem, por pelo menos várias semanas após a infecção inicial", afirmam os autores do estudo.

Proteção pós-Ômicron

De forma geral, a variante Ômicron consegue escapar das estratégias de defesa do sistema imune — adquiridas através de uma infecção prévia ou pela vacinação —, mas a maioria dos casos tende a se comportar como uma infecção leve ou moderada, principalmente nas pessoas que receberam as três doses da vacina contra a covid-19.

No entanto, não se sabia se a subvariante BA.2 poderia romper também com as proteções desencadeadas pela Ômicron. Para entender este cenário, os pesquisadores analisaram dados de saúde de 20 mil pessoas que foram infectadas pela Ômicron. Após 50 dias da infecção, 95% delas continuou a apresentar defesas contra a BA.2

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Além disso, a equipe de pesquisadores analisou a situação contrária e investigou o caso de pessoas que foram contaminadas inicialmente pela BA.2. Neste cenário, a subvariante oferece cerca de 85% de proteção contra a infecção pela Ômicron em até 40 dias. Este foi o tempo máximo de acompanhamento no estudo e, por isso, não pode ser considerado como o limite máximo de tempo da proteção.

A parte positiva da descoberta é que a maioria das pessoas manterá a proteção em locais onde a subvariante BA.2 se tornar predominante, como se espera que ocorra no Reino Unido nas próximas semanas.

Vale lembrar que, até o momento, a Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não definiu a BA.2 como uma variante de preocupação (VOC) ou como uma variante de interesse (VOI). Por causa disso, a subvariante ainda não recebeu como apelido o nome de uma letra do alfabeto grego.

Fonte: MedRxiv