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Pesquisa investiga eficácia de remédio para esclerose múltipla contra covid

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Outubro de 2021 às 13h30

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Chalabala/Envato Elements
Chalabala/Envato Elements

Em busca de novas alternativas para o tratamento da covid-19, uma equipe de cientistas norte-americanos investigou o uso off label — diferente daquele que é recomendado na bula — de um remédio usado no tratamento de esclerose múltipla, o Interferon Beta-1a. No entanto, o estudo não descobriu benefícios do medicamento contra infecções do coronavírus SARS-CoV-2.

Vale explicar que o Interferon Beta-1a tem a mesma sequência de aminoácidos de uma proteína natural chamada Interferon Beta — uma proteína da classe dos Interferons do tipo 1. Por sua vez, ela desempenha um papel fundamental nas defesas do organismo. Isso porque as células infectadas, normalmente, a produzem na luta do sistema imunológico contra os invasores, como o vírus da covid-19. Além disso, o Interferon Beta possui propriedades antivirais e anti-inflamatórias.

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Publicado na revista científica The Lancet Respiratory Medicine, o estudo não conseguiu comprovar a eficácia do interferon sintético contra a covid-19. Para isso, os pesquisadores de diferentes instituições dos EUA — como a Universidade Emory e a Universidade de Nebraska-Lincoln —  testaram o remédio para esclerose múltipla com o antiviral remdesivir. Só que o que os efeitos foram os mesmos do tratamento apenas com o antiviral em adultos hospitalizados pela covid-19. 

Entenda o estudo

Os pesquisadores inscreveram 969 pessoas com mais de 18 anos em mais de 60 centros de pesquisa, incluindo hospitais nos EUA, Japão, México, Cingapura e Coreia do Sul. De acordo com os autores, 60% dos pacientes incluídos nos testes eram brancos, 32% eram hispânicos ou latino-americanos, 17% eram negros, 9% eram asiáticos, 1% eram índios norte-americanos ou nativos do Alasca. Estes indivíduos foram divididos em dois grupos.

Através da análise dos resultados, os cientistas descobriram que o uso combinado do remédio Interferon Beta-1a e do antiviral remdesivir não foi associado a nenhum benefício extra em comparação com o remdesivir sozinho nos adultos hospitalizados.

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Além disso, o tempo de recuperação e a probabilidade de melhora clínica foram semelhantes nos dois grupos de testes. Por outro lado, os pesquisadores descobriram que o Interferon Beta-1a estava associado a mais eventos adversos e piores resultados em um subgrupo de pacientes que necessitavam de oxigênio. 

O estudo recebeu o nome de Adaptive COVID-19 Treatment Trial 3 (ACTT-3) e foi realizado entre os dias 5 de agosto de 2020 e 21 de dezembro de 2020. Para acessar a pesquisa completa, publicada na revista The Lancet Respiratory Medicine, clique aqui.

Fonte: Science Alert