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Período de transmissão da Ômicron pode ser maior do que se imagina

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Janeiro de 2022 às 19h30

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LightFieldStudios/envato
LightFieldStudios/envato

O período que uma pessoa infectada pela variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 transmite a doença pode ser diferente do tempo de transmissão de outras cepas do vírus da covid-19, segundo levantamento do Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão.

Os dados do país apontam que pacientes com a variante Ômicron possam transmitir a covid-19 por mais tempo após o surgimento dos sintomas. No momento, os dados preliminares sugerem que a quantidade de RNA viral é mais alta de três a seis dias após o diagnóstico ou o início dos sintomas.

A descoberta, caso confirmada, pode comprometer medidas públicas de saúde que reduziram o intervalo de isolamento para pacientes com testes positivos da covid-19, como os Estados Unidos, o Brasil e a Inglaterra.

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No caso brasileiro, pacientes assintomáticos com teste negativo — aqui, pode ser feito o teste de antígeno, que tem menor precisão — podem retomar suas atividades em 5 dias, somando alguns cuidados extras, como usar máscaras e evitar aglomerações. Como o risco de falso negativo existe, a medida pode, eventualmente, favorecer a transmissão da covid-19. No entanto, mais dados ainda são necessários.

Diferença do tempo de transmissão da Ômicron

Desconsiderando a variante Ômicron, estudos anteriores sugerem que o pico de transmissão para pessoas com covid-19 ocorre no período de dois dias antes do surgimento dos sintomas e três dias depois. Em outras palavras, o pico ocorria pouco antes e logo após os sintomas aparecerem.

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Inclusive, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, ainda defende o entendimento inicial. A maior parte da transmissão do vírus ocorre no início do curso da doença, o que acontece, "geralmente, um ou dois dias antes do início dos sintomas e dois ou três dias depois", explica a entidade.

Por outro lado, o levantamento sobre a Ômicron no Japão aponta para um caminho diferente. De acordo com Paul Hunter, professor de medicina da Universidade de East Anglia, na Inglaterra, os novos dados sugerem que o pico de disseminação do vírus pode ocorrer dois ou três dias depois do aparecimento dos sintomas.

Potencialmente, a descoberta pode mudar as medidas de saúde pública que foram, recentemente, atualizadas. No entanto, mais dados e estudos são necessários para confirmar a mudança de comportamento do vírus da covid-19

Fonte: BMJ e Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão