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Pandemia silenciosa de insônia se instaura paralelamente à covid-19

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Março de 2022 às 15h45

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amenic181/Envato
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A pandemia de covid-19 vem deixando diversos legados preocupantes à saúde da população, e um deles é a insônia, um mal instaurado desde o começo de 2020. Um estudo publicado na revista científica Sleep Medicine contou com relatos de 22.330 pessoas de vários países, das quais 36,7% apresentaram sintomas clínicos de insônia e 17,4% foram diagnosticadas com o transtorno.

Segundo o artigo, essas taxas representam o dobro dos níveis de insônia de antes da pandemia. O ápice do transtorno foi em países como Brasil, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, Polônia e Noruega, e os profissionais de saúde foram os mais prejudicados, sofrendo duas vezes mais de distúrbios do sono do que a população em geral.

Entre os principais fatores associados a distúrbios do sono — potencializados pelo cenário da pandemia de covid-19 —, podemos observar:

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  • Turbulência econômica
  • Desafios de cuidados infantis
  • Isolamento social
  • Preocupação com a própria covid-19

Essas perturbações no sono só pioraram ainda mais a crise de saúde mental trazida pela pandemia de covid-19, ressaltada por transtornos como a ansiedade e a depressão.

O trabalho destaca que a insônia tem efeitos não apenas na saúde mental, mas também na saúde física, e conclui que insônia, ansiedade e depressão foram muito prevalentes durante a primeira onda da pandemia de covid-19. "Programas de prevenção de saúde pública são necessários para prevenir a cronicidade e reduzir os resultados adversos de longo prazo associados à insônia crônica e problemas de saúde mental", conclui o artigo científico.

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Aqui no Canaltech, já indicamos o que é insônia, quais são os riscos e como tratar e também apontamos o que fazer para cair no sono mais rápido.

Fonte: Sleep Medicine, Journal of Sleep Research via Science Focus