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Oxford desenvolve vacina contra a malária com a maior eficácia já vista: 77%

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Abril de 2021 às 16h05

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jcomp/Freepik
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Cientistas da Universidade de Oxford acabam de anunciar o desenvolvimento da vacina mais eficaz contra a malária já feita até então. Os resultados dos testes mostraram que o imunizante contra a doença, que mata cerca de 400 mil pessoas todos os anos, principalmente crianças, apresentou 77% de eficácia.

De acordo com Adrian Hill, principal autor do estudo, a vacina deve ter o seu uso aprovado nos próximos dois anos. "Com o comprometimento do nosso parceiro comercial, o Serum Institute of India, para fabricar pelo menos 200 milhões de doses anualmente nos próximos anos, a vacina tem o potencial de ter um grande impacto na saúde pública se a licença for conquistada", diz o pesquisador.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) conta com uma meta estabelecida de uma nova vacina contra a malária precisa apresentar, no mínimo, 75% de eficácia até o ano de 2030, o que o imunizante de Oxford conseguiu alcançar. Os testes foram feitos com 450 participantes com idades entre cinco meses e 17 meses de vida, que foram divididos entre três grupos. Enquanto os primeiros dois grupos receberam uma dose baixa ou alta do imunizante, o terceiro grupo recebeu a vacina antirrábica.

Segundo o estudo, a vacina apresentou eficácia de 77% no grupo que recebeu a dose mais alta e 71% no grupo imunizado com a dose mais baixa, todos recebendo acompanhamento de 12 meses, sem apresentar qualquer efeito colateral grave. A administração das doses aconteceu em períodos de pico da doença, entre maio e agosto de 2019.

A expectativa da equipe é que a vacina seja aprovada logo após a divulgação dos resultados finais dos testes, o que pode acontecer já no ano que vem. Hill ressalta a importância de uma aprovação emergencial do imunizante, assim como aconteceu com a COVID-19. "A malária matou, pelo menos, quatro vezes mais pessoas na África no ano passado do que a COVID-19", conta. "Então, por que uma doença que mata mais crianças do que pessoas mais velhas não deveria ser priorizada para autorização de uso emergencial na África?", completa.

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Fonte: New Scientist