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Orthrus: nova variante da covid é descoberta no Reino Unido e acende alerta

Por| Editado por Luciana Zaramela | 19 de Janeiro de 2023 às 12h34

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kjpargeter/Freepik
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No Reino Unido, a Agência de Segurança Sanitária (Ukhsa) identificou uma nova cepa do vírus da covid-19, a CH.1.1, com potencial de se tornar dominante em toda a região. Para facilitar a comunicação, a subvariante foi apelidada de variante Orthrus (Órtros).

Segundo a análise da agência britânica, a cepa Orthrus corresponde a 25% de todos os novos casos da covid-19 registrados. No entanto, em algumas regiões, já é predominante, o que é um forte indicador de potencial da disseminação da nova cepa.

Apesar disso, mais estudos são necessários para entender se a subvariante pode provocar casos mais graves da doença ou se escapa da imunidade induzida pelas vacinas bivalentes.

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Variantes da covid-19 em circulação no Reino Unido

Embora a cepa Orthrus esteja em expansão no Reino Unido, a subvariante mais comum ainda é a BQ.1. "A análise mostra que os casos de coronavírus no Reino Unido são compostos principalmente por BQ.1 e suas sublinhagens", informa o comunicado da agência britânica.

"Por meio de nossa vigilância genômica, continuamos a ver a evolução de variantes na família Ômicron", pontua Meera Chand, diretora da Ukhsa. Isso porque, além dessas duas cepas, em menor grau, a XBB.1.5, apelidada de variante Kraken, também está em expansão. As três são descendentes diretas da Ômicron.

O que sabemos sobre a cepa Orthrus?

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Vale explicar que o nome Orthrus é uma referência direta ao cachorro de duas cabeças e rabo de serpente da mitologia grega. Na tradição, o ser mitológico tem um irmão ainda mais famoso, o Cérbero. Este é conhecido por ter três cabeças e proteger os portões do mundo inferior para o deus Hades.

Embora alguns cientistas usem os nomes inspirados na mitologia para se referir a novas cepas da covid-19, esta não é uma nomenclatura aceita pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No entendimento da organização, as atuais cepas são apenas subvariantes da Ômicron e, por isso, não recebem como nome próprio uma letra do alfabeto grego. Caso representem uma ameaça à saúde pública, o entendimento deve mudar.

No Reino Unido, a atual cepa já circula desde novembro de 2022, quando foi sequenciada pela primeira vez. Só que, na época, tinha uma circulação bastante reduzida. Agora, já é dominante em pelo menos quatro cidades, como Oxford e Blackburn. Somente nas próximas atualizações de vigilância é que será possível entender melhor o seu impacto na saúde pública, como um possível aumento no número de internações (ou não).

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Como se proteger da nova cepa da covid-19?

Embora a nova cepa provoque alerta, Chand reforça que "a vacinação continua sendo nossa melhor defesa contra futuras ondas da covid-19". Neste ponto, a cientista orienta que "as pessoas tomem todas as doses [de vacina] para as quais são elegíveis o mais rápido possível".

Fonte: Ukhsa