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Origem da COVID-19: seriam as cavernas de morcegos? Veja o que a OMS pesquisa

Por| 08 de Fevereiro de 2021 às 20h40

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 Signe Allerslev/ Pixabay
Signe Allerslev/ Pixabay

Na pandemia da COVID-19, ainda existem algumas questões sem respostas, como a origem do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e o paciente número zero da infecção. Atrás dessas respostas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) enviou uma equipe de pesquisadores para a China, mias especificamente para a cidade de Wuhan. Segundo o membro da equipe Peter Daszak, é preciso tentar rastrear os elementos genéticos do vírus em cavernas de morcegos.

Zoólogo e especialista em doenças animais, o pesquisador Daszak comentou que a equipe — sediado em Wuhan — está levantando uma série de informações de como o coronavírus, identificado primeiro nesta cidade no final de 2019, se transformou em uma pandemia. Sem entrar em detalhes, Daszak afirma que não há indícios de que o agente infeccioso tenha sido criado em um laboratório.

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Entender a origem do coronavírus SARS-CoV-2 é importante, entre outros motivos, para evitar que novas doenças surjam ou, ao menos, reduzir esse risco. No entanto, essa origem foi politizada e virou fonte de xenofobia contra os chineses. Entre as teorias conspiratórias, circularam fake news de que o vírus teria sido desenvolvido em laboratório, por exemplo.

SARS e os morcegos

Antes do novo coronavírus, é importante lembrar dos outros agentes infecciosos dessa mesma família. Identificado pela primeira vez em 2002, o vírus SARS-CoV (nota-se que não tem o número dois) é conhecido por causar a Síndrome Respiratória Aguda Grave, a SARS. Esta foi uma epidemia que afetou 26 países e registrou mais de oito mil infecções desde que foi descoberta na província de Guangdong, no sul da China, em 2002. Hoje, foi controlada e não são registrados mais casos.

Para entender as origens desse outro coronavírus, o zoólogo Daszak também foi um dos responsáveis por rastrear o agente infeccioso em morcegos que viviam em uma caverna de Yunnan, uma província do sudoeste chinês. "É preciso fazer uma pesquisa semelhante se formos encontrar a verdadeira origem [da Covid-19] na vida selvagem", defendeu o pesquisador, também presidente da EcoHealth Alliance, sediada em Nova York.

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"Este tipo de trabalho para encontrar a fonte provável em um morcego é importante porque, se você conseguir encontrar as fontes destes vírus letais, pode diminuir os contatos com estes animais", comentou Daszak para a agência internacional de notícias Reuters. "Estou vendo um quadro surgindo de algumas das possibilidades que parece mais plausível do que antes", confirmou Daszak sobre a hipótese dos morcegos.

Quando surgiu o novo coronavírus?

Outra possibilidade que também está sendo analisada pela equipe da OMS é a de que o novo coronavírus poderia estar em circulação, na China, muito antes de ser identificado pela primeira vez em Wuhan. "Isto é algo que nosso grupo está analisando muito intensamente para ver qual nível de transmissão comunitária podia estar acontecendo antes", afirmou Daszak.

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"O verdadeiro trabalho que estamos fazendo aqui é rastrear desde os primeiros casos até um reservatório animal, e esta é uma rota muito mais tortuosa, e pode ter acontecido ao longo de vários meses, ou mesmo anos", detalhou o pesquisador sobre os desafios da comitiva da OMS. Por enquanto, o grupo está visitando hospitais, instalações de pesquisa e o mercado de frutos-do-mar onde o primeiro surto foi identificado.

Fonte: Agência Brasil