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OMS recomenda medicamentos contra COVID-19 para reduzir risco de óbito

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Julho de 2021 às 12h20

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Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a recomendar o uso de dois medicamentos corticoides para o tratamento de pessoas infectadas pelo coronavírus SARS-CoV-2, caso haja o disgnóstico positivo e prescrição médica. A nova orientação dos compostos, inicialmente adotados para artrite — o Actemra, da Roche, e o Kevzara, da Sanofi — foi divulgada após estudo com cerca de 11 mil pacientes demonstrar que os remédios podem reduzir o risco de óbito e melhorar o quadro do paciente.

Segundo estudo da OMS, o risco de óbito em 28 dias para pacientes da COVID-19 internados que receberam uma das fórmulas para artrite com corticoides, como a dexametasona, foi de 22%. Já o risco de morte foi de 25% para aqueles indivíduos que receberam o tratamento padrão ou um placebo contra a doença.

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Além disso, o risco da infecção pelo coronavírus progredir para a necessidade de ventilação mecânica foi de 26% para o grupo que recebeu os medicamentos padrões e os corticoides. A porcentagem sobe para 33% no grupo que teve acesso apenas ao tratamento padrão.

"Atualizamos nossa orientação de tratamentos clínicos para refletir esta descoberta mais recente.", explicou Janet Diaz, autoridade do Programa de Emergências Sanitárias da OMS e responsável por pesquisas de usos off-label de medicamentos — quando a indicação é diferente da feita na bula —, durante coletiva de imprensa.

Como os medicamentos agem no controle da COVID?

De acordo com a OMS, estes medicamentos podem ser aliados no tratamento de pacientes graves ou críticos da COVID-19, porque agem de maneira anti-inflamatória e, dessa forma, reduzem o risco de morte e a necessidade de ventilação mecânica, por exemplo. Estes dados foram obtidos a partir de uma metanálise de 27 estudos randomizados.

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No total, a equipe de pesquisadores da OMS analisou dados de 10.930 pacientes, dos quais 6.449 receberam um dos medicamentos e 4.481 receberam apenas tratamento padrão ou um placebo. No levantamento, 2.565 morreram em até 28 dias. Segundo os autores, o uso dos corticoides "foi associado a uma mortalidade mais baixa".

Nos Estados Unidos, a Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA) aprovou, de forma emergencial, o uso da Actemra para o tratamento de pacientes com a COVID-19. Agora, a OMS solicitou que laboratórios e empresas ampliassem o acesso a esses medicamentos nos países de menor renda, que ainda enfrentam casos significativos da doença e novas variantes do vírus. Em paralelo, essas nações não têm acesso ao suprimento adequado de vacinas. "Essas são as pessoas que esses medicamentos precisam alcançar", destacou Diaz.

Publicado na revista Journal of the American Medical Association (JAMA), o estudo foi desenvolvido pelo King's College, de Londres, a Universidade de Bristol, a Universidade College London e o Guy's and St Thomas' NHS Foundation Trust. Para acessar o texto completo, clique aqui.

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Fonte: Reuters