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OMS prevê reforço anual das vacinas da COVID para grupos mais vulneráveis

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Junho de 2021 às 16h30

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Hakan Nural / Unsplash
Hakan Nural / Unsplash

Em um documento interno que serve para análise de possíveis cenários para o futuro da pandemia do coronavírus SARS-CoV-2, a Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que as pessoas mais vulneráveis à COVID-19, como os idosos, precisarão receber um reforço anual para se protegerem contra as variantes emergentes do vírus. O esquema seria similar ao já adotado para a vacina da gripe (influenza).

A previsão está sujeita a alterações e também é combinada com outros dois cenários menos prováveis para a pandemia. Por isso, o entendimento dos reforços anuais da OMS ainda deve ser discutido em uma reunião com o conselho da GAVI Alliance. Esta é uma iniciativa fundada antes da atual pandemia pela Fundação Bill e Melinda Gates para a distribuição de imunizantes em todo o mundo e que, atualmente, co-lidera o atual programa para o acesso igualitário de vacinas contra a COVID-19, o COVAX Facility.

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Doses de reforço para a COVID-19

Anteriormente, fabricantes de vacinas, como a Moderna e a Pfizer, já afirmaram que o mundo, em breve, precisará de doses de reforço para manter altos níveis de imunidade, mas o tempo exato de quando os reforços serão necessários ainda não foram definidos pelos cientistas. Sabe-se que os imunizantes podem proteger por pelo menos seis meses, segundo as últimas evidências.

No documento, a OMS considera reforços anuais para indivíduos de alto risco, como os idosos, e reforços a cada dois anos para a população em geral. Isso porque as variantes continuaram a evoluir, já que a imunização é desigual no mundo, e as vacinas seriam atualizadas regularmente para enfrentar essas novas ameaças.

No entanto, caso o cenário se confirme, haverá um grande problema logístico para a imunização: falta de doses das vacinas contra a COVID-19, já que o atual processo de produção não conseguiria dar conta da demanda mundial, novamente. Até o momento, o conteúdo do documento interno, datado de 8 de junho, não foi comentado publicamente.

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Desigualdade na imunização

Até agora, cerca de 2,5 bilhões de doses dos imunizantes contra a COVID-19 foram administradas em todo o mundo, principalmente em países ricos. Nestes países, mais da metade da população, de forma geral, recebeu pelo menos uma dose. Por outro lado, em muitos países mais pobres, menos de 1% das pessoas foram vacinadas, de acordo com os relatórios da Gavi.

Caso as doses de reforço sejam realmente necessárias, esse abismo entre os países poderá aumentar no próximo ano. Isso, principalmente, se o cenário mais desafiador da pandemia se confirmar. Dessa forma, os países pobres voltariam ao final da fila das imunizações globais contra a COVID-19.

Já no cenário mais positivo, não haveria necessidade de reforços, já que as vacinas demonstrariam forte eficácia contra variantes e longa proteção, o que equalizaria os esforços globais contra a pandemia.

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Fonte: Reuters