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OMS muda classificação das variantes do coronavírus; confira como ficou

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Outubro de 2021 às 17h40

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IciakPhotos/Envato Elements
IciakPhotos/Envato Elements

Em constante análise das mutações do vírus da covid-19 e os respectivos efeitos disso na saúde pública, a Organização Mundial da Saúde (OMS) redefiniu a gravidade de algumas variantes do coronavírus SARS-CoV-2. A régua é a capacidade das cepas circularem pelo globo, já que, quando o número de novos infectados por determinada cepa diminui, ela é rebaixada. A situação pode ocorrer pelo controle da transmissão ou pela evolução biológica.

No momento, a Delta (B.1.671.2) continua a ser a maior preocupação para a saúde pública global. De acordo com o mais recente levantamento, a variante — que foi descoberta pela primeira vez na Índia — representa 90% das infecções em todo o mundo. Os dados foram coletados entre 15 de junho a 15 de setembro.

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Por causa do alcance, a variante Delta continua a ser do grupo de variantes de preocupação (VOC, na sigla em inglês). No entanto, ela pode ser reclassificada, no futuro, se não mais representar um grande risco à saúde pública global em relação às outras variantes que ainda circulam.

O que mudou na classificação das variantes pela OMS?

A partir de agora, o sistema de classificação foi alterado para além das VOC e das VOI (variantes de interesse, na sigla em inglês). A OMS passou a adotar também o termo VUM (variantes sob monitoramento, em inglês). As novas análises de risco e as reclassificações promoveram uma verdadeira dança das cadeiras entre as cepas que perderam impacto no globo. 

Do outro lado, as VOCs permanecem as mesmas (Alfa, Beta, Gama e Delta). Em comum, elas apresentam algum risco para a saúde pública global e se enquadram em pelo menos uma das seguintes questões: aumento da transmissibilidade; aumento da virulência ou mudança na apresentação clínica da doença; e/ou diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública adotadas, como vacinas e terapias.

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Confira a lista atualizada de VOCs:

  • Alfa: B.1.1.7 é a variante detectada pela primeira vez no Reino Unido;
  • Beta: B.1.351 é a variante identificada pela primeira vez na África do Sul;
  • Gama: P.1 é a variante detectada pela primeira vez no Brasil, em Manaus;
  • Delta: B.1.671.2 é a variante identificada pela primeira vez na Índia.

No entanto, mudanças foram aplicadas entre as VOI. De forma geral, são definidas, principalmente, pelo seu genoma, caso carreguem mutações já conhecidas ou suspeitas de "melhorarem" o coronavírus. Além disso, alguma região no globo precisa registrar um elevado número de transmissão destas cepas.

Nesta categoria, estão apenas duas VOI, ambas concentradas na América Latina:

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  • Lambda: C.37 é a variante detectada pela primeira vez no Peru;
  • Mu: B.1.621 é a variante detectada pela primeira vez na Colômbia.

Com a mudança, as variantes Eta (B.1525), Iota (B.1.526) e Capa (B.1.617.1) foram reclassificadas como “ex-VOI” e, agora, se enquadram como VUM. Nesta categoria, a OMS listou cepas que podem alterar geneticamente o coronavírus e, eventualmente, podem representar um risco, mas que ainda exigem novas avaliações antes de se tornar uma VOI ou VOC.

No momento, são 16 variantes do coronavírus sob observação da OMS e, nessa classificação, elas perdem a letra do alfabeto grego que já receberam ou nem chegam a ser apelidadas, dependendo do caso. Dessa forma, é adotada apenas a nomenclatura Pango, usada por pesquisadores e agências de saúde do mundo todo. Por exemplo, a nomenclatura Pango da variante Gama é apenas P.1.

A seguir, confira a lista do grupo VUM:

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  • R.1: variante sem um país de origem definido;
  • B.1.466.2: variante detectada pela primeira vez na Indonésia; 
  • B.1.1.318: variante sem um país de origem definido;
  • B.1.1.519: variante sem um país de origem definido;
  • C.36.3: variante sem um país de origem definido;
  • B.1.214.2: variante sem um país de origem definido;
  • B.1.427: variante detectada pela primeira vez nos Estados Unidos; 
  • B.1.429: variante detectada pela primeira vez nos Estados Unidos; 
  • B.1.1.523: variante sem um país de origem definido;
  • B.1.619: variante sem um país de origem definido;
  • B.1.620: variante sem um país de origem definido;
  • C.1.2: variante detectada pela primeira vez na África do Sul; 
  • B.1.617.1: variante detectada pela primeira vez na Índia;  
  • B.1.526: variante detectada pela primeira vez nos Estados Unidos; 
  • B.1.525: variante sem um país de origem definido; 
  • B.1.630: variante detectada pela primeira vez na República Dominicana.

Fonte: OMS e Instituto Butantan