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OMS: bactéria da tuberculose é o patógeno que mais mata no mundo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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NIAID/Unsplash
NIAID/Unsplash

A bactéria da tuberculose é o patógeno que mais mata no mundo. É o que afirma um novo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o material, aproximadamente 8,2 milhões de pessoas foram diagnosticadas com tuberculose em 2023, o maior número registrado desde 1995.

O relatório expõe que, enquanto o número de mortes relacionadas à tuberculose diminuiu de 1,32 milhão em 2022 para 1,25 milhão em 2023, o número total de pessoas diagnosticadas aumentou ligeiramente.

A OMS também mostra que a doença afeta principalmente países como Índia (26%), Indonésia (10%), China (6,8%), Filipinas (6,8%) e Paquistão (6,3%), que, juntos, foram responsáveis ​​por 56% da carga global de tuberculose.

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De acordo com o relatório, 55% das pessoas que desenvolveram a doença eram homens, 33% eram mulheres e 12% eram crianças e adolescentes.

Tuberculose ainda é perigosa

Em discurso, o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diz que o fato de que a tuberculose ainda mata e adoece tantas pessoas "é um ultraje, quando temos as ferramentas para preveni-la, detectá-la e tratá-la”.

Com isso, a OMS pede que "todos os países cumpram os compromissos concretos que fizeram para expandir o uso dessas ferramentas e acabar com a tuberculose.”

Uma preocupação apontada no relatório da OMS é que a tuberculose multirresistente continua sendo uma crise de saúde pública. Inclusive, um estudo da PLOS Biology analisou 10 mil amostras da bactéria Mycobacterium tuberculosis e descobriu 20 genes que tornam a tuberculose resistente a antibióticos.

"As taxas de sucesso do tratamento para a tuverculose resistente à rifampicina agora atingiram 68%. Mas, das 400 mil pessoas que se estima terem desenvolvido, apenas 44% foram diagnosticadas e tratadas em 2023", diz o comunicado.

Impacto da tuberculose

O relatório também traz a porcentagem de domicílios afetados pela tuberculose que enfrentam custos catastróficos (excedendo 20% da renda familiar anual) para acessar diagnóstico e tratamento.  

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A OMS completa que um número significativo de novos casos de tuberculose é impulsionado por principais fatores de risco:

  • Desnutrição
  • Infecção por HIV
  • Transtornos por uso de álcool
  • Tabagismo
  • Diabetes

De acordo com a diretora do Programa Global de Tuberculose da OMS, Tereza Kasaeva, existem desafios notáveis nessa batalha, como os déficits de financiamento, impacto financeiro para os afetados, mudanças climáticas e tuberculose resistente a medicamentos, um "importante impulsionador da resistência antimicrobiana”.

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A recomendação da diretora é a "união em todos os setores e partes interessadas para enfrentar essas questões urgentes e aumentar nossos esforços" contra a tuberculose, cuja bactéria foi descoberta há 140 anos.

Fonte: OMS