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Ômicron silenciosa: OMS avisa que nova subvariante da covid já é dominante

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Março de 2022 às 12h14

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Vladimirzotov/Envato Elements
Vladimirzotov/Envato Elements

Casos da subvariante BA.2, também conhecida como a Ômicron silenciosa, já representam a maioria das novas infecções registradas no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Com isso, a nova cepa da covid-19 se torna predominante no globo, superando a versão original BA.1.

Até o começo de março, a variante Ômicron era considerada a cepa predominante. Só que, em poucas semanas, a subvariante BA.2 conquistou espaço e mudou o cenário epidemiológico da pandemia. De acordo com a OMS, a Ômicron silenciosa representa quase 86% dos novos casos sequenciados.

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Casos em alta na Europa, Ásia e Américas

Por exemplo, a cepa é responsável por uma nova onda de casos, principalmente, na Europa e na Ásia. Segundo a plataforma Our World in Data, a Coreia do Sul registrou 425 mil novos casos da covid nas últimas 24 horas. Esta alta está diretamente relacionada com a BA.2.

Agora, casos começam a subir também nas Américas. Na terça-feira (29), os Estados Unidos informaram que a cepa silenciosa correspondia a 55% dos novos casos da covid. Diante dos possíveis riscos, as autoridades de saúde autorizaram a quarta dose da vacina para todos aqueles que têm mais de 50 anos.

Segundo os últimos relatórios brasileiros — divulgados pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan —, a situação do país é diferente do resto do mundo e, por enquanto, a subvariante não ganhou espaço.

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OMS e a subvariante

Até o momento, sabe-se que a subvariante silenciosa é mais transmissível que a Ômicron original. "Dados iniciais sugerem que a BA.2 parece inerentemente mais transmissível que a BA.1", explica o Grupo Consultivo Técnico da OMS que acompanha a evolução do SARS-CoV-2 (TAG-VE).

Apesar disso, "esta diferença de transmissibilidade parece ser muito menor do que, por exemplo, a diferença entre BA.1 e Delta", comenta o grupo. É importante destacar isso, porque se observou um salto, significativo, entre a Ômicron e as outras cepas já conhecidas no quesito da transmissibilidade.

Sem novo nome?

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Mesmo que a subvariante tenha se tornado predominante no mundo, ela continua a ser associada com a Ômicron e, por enquanto, não recebeu o nome de uma letra do alfabeto grego para identificá-la. Na última atualização do TAG-VE sobre o tema, no final de fevereiro, a orientação é que a BA.2 deve permanecer no guarda-chuva da Ômicron e esta, sim, é considerada uma Variante de Preocupação (VOC).

A decisão foi tomada "com base nos dados disponíveis de transmissão, gravidade, reinfecção, diagnóstico, terapêutica e impactos das vacinas", onde não se diferenciam significativamente. No futuro, com mais estudos científicos, o parecer pode ser revisto.

Por que a BA.2 é conhecida como Ômicron silenciosa?

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Apesar do termo "silenciosa", a cepa pode ser identificada em testes de antígenos (como os autotestes) e em exames do tipo RT-PCR, ou seja, ela é identificável. O apelido está associado com as suas características genéticas.

A Ômicron (BA.1) possui um marcador único que a diferencia de outras variantes da covid-19: a ausência do gene S, conhecido como “falha no alvo do gene S”. A característica permitia a sua rápida identificação em exames do tipo RT-PCR.

Vale explicar que, como regra, são necessário exames de sequenciamento genético para diferenciar variantes, mas as mutações da Ômicron facilitaram isso. Só que, no caso da BA.2, os cientistas não conseguem mais identificar se é a subvariante ou a Delta, quando se analisa apenas um exame de PCR. A incapacidade de detectar a linhagem dessa forma leva alguns cientistas a rotulá-la como subvariante furtiva ou silenciosa.

Na prática, a questão não tem um efeito direto no controle da transmissão da nova cepa e nem na infecciosidade dela. Isso apenas significa que, quando alguém testar positivo, deve levar um pouco mais de tempo para saber qual variante é responsável pelo quadro.

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Fonte: OMS, Our World in Data e BBC