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Novo método de "pintura cerebral" pode ser usado no tratamento de TDAH

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 27 de Maio de 2022 às 14h24

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Reprodução/USF
Reprodução/USF

Pesquisadores da Universidade do Sul da Flórida (USF), nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova interface cérebro-computador (BCI) que pode ajudar no tratamento de pessoas com diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Segundo os cientistas, o equipamento estimula a concentração dos pacientes por meio de uma técnica conhecida como “pintura cerebral”. Nesse sistema, um dispositivo capta as ondas provenientes de diferentes partes do cérebro, transformando-as em ações transmitidas para a tela de um computador.

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“Na pintura cerebral, os pacientes usam um BCI e se concentram nas opções apresentadas no computador, como pincéis, paleta de cores e estilos artísticos. Com o piscar dos olhos, eles controlam um dispositivo virtual para pintar o que desejam em uma tela em branco”, explica o professor de ciência da computação Marvin Andujar, autor principal do estudo.

Exercício cerebral

A ideia dos pesquisadores é usar essa interação cérebro-computador para melhorar a atenção de pessoas com TDAH, estimulando-as a manter o foco centralizado em determinadas atividades pelo maior tempo possível, sem se distrair ou se interessar por ações ou impulsos externos.

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Durante a pintura cerebral, os pacientes escolhem entre uma seleção limitada de cores, formas e controles, concentrando-se em uma ação de cada vez. Uma luz piscante permite que o usuário saiba quando o comando foi reconhecido, causando um pico de estímulo no lobo parietal — parte do cérebro responsável pela percepção e integração sensorial.

“Esses picos são classificados por um algoritmo e salvos em um disco rígido como um perfil de usuário. A atividade cerebral de cada um é única, então cada participante tem que treinar o sistema para detectar sua tomada de decisão, melhorando a precisão, a velocidade e o nível de atenção com o passar do tempo”, acrescenta Andujar.

Realidade virtual

Para aumentar a capacidade de percepção e imersão dos pacientes com TDAH, os cientistas criaram uma versão 3D da técnica de pintura cerebral. Utilizando óculos de realidade virtual (RV), eles conseguiram fazer com que os pacientes mergulhassem totalmente no ambiente que estavam pintando.

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Essa experiência mostrou uma melhora significativa nos níveis de atenção dos voluntários, principalmente por causa da ausência de estímulos visuais externos que podem atrapalhar a concentração, desviando o interesse de pessoas com dificuldades para manter o foco em atividades do dia a dia.

“A arte já demonstrou provocar emoções positivas nos pacientes. Portanto, com essa versão de realidade virtual, queremos provar como a concentração e a emoção podem melhorar os índices de atenção quando uma pessoa estiver totalmente imersa em sua própria pintura”, encerra o professor Marvin Andujar.

Fonte: University of South Florida