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O que é doping?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Myriam Zilles/Unsplash
Myriam Zilles/Unsplash

Com as Olimpíadas em alta, uma palavra que acaba aparecendo com frequência na mídia é doping. Mas você sabe do que se trata? Basicamente, é o uso de substâncias que podem alterar a resposta do corpo frente a um estímulo. Na maior parte dos casos, o doping é realizado por pessoas que pretendem potencializar seu rendimento, força, agilidade ou até mesmo perda de peso.

Segundo o Hospital Albert Einstein, a maior parte de pessoas que buscam o doping são atletas de alto rendimento, mas também é comum que pessoas em academias utilizem substâncias para favorecê-las no esporte. Tais substâncias geram alto risco, uma vez que podem potencializar a proliferação de células cancerígenas, causar sobrecarga cardiovascular e sobrecarga hepática, além de culminar na alteração dos níveis de colesterol, no aumento de acne e de pelos, alterar a voz e até o tamanho de ossos.

Substâncias proibidas nas Olimpíadas

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Em 1967, o Comitê Olímpico Internacional (COI) passou a classificar, controlar e proibir determinadas substâncias, que podem ser divididas em 5 grupos principais: narcóticos; agentes anabolizantes; estimulantes;​ diuréticos; hormônios peptídicos e análogos.

Estimulantes

Essas substâncias aumentam a atividade cardíaca e o metabolismo, e são capazes de diminuir a dor e conseguir os mesmos efeitos da adrenalina (com as anfetaminas, cocaína, efedrina e cafeína). Costumam ser utilizadas por atletas do vôlei, basquete e futebol.

Narcóticos

Os narcóticos atuam na diminuição da sensação da dor e são utilizados por atletas de esportes de resistência.

Anabolizantes

Por sua vez, os esteroides anabólicos são derivados do hormônio testosterona, e induzem o aumento do tamanho dos músculos, força e potência muscular. Costumam ser utilizados por lutadores ou atletas de esportes que envolvam força. Também são utilizados em academias.

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Hormônios

Os hormônios mais utilizados por atletas e frequentadores de academias são:

  • Efedrina: atua no sistema nervoso e cardíaco, causa perda de peso e aumento de energia. Pode causar paranoia psicótica, depressão e hipertensão
  • Testosterona: usado para o aumento da massa muscular e pode causar atrofia dos testículos e esterilidade
  • Nandrolona: utilizada para o aumento da massa muscular. Pode causar câncer e problemas no ciclo menstrual
  • Eritropoietina (EPO): aumenta a quantidade de glóbulos vermelhos e a oxigenação das células. Pode causar parada cardíaca, embolia pulmonar e convulsões

Como é feito o exame de doping?

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A maioria dos testes para produtos de dopagem usa uma técnica estabelecida há muito tempo chamada espectrometria de massa, que envolve o disparo de um feixe de elétrons em amostras de urina para ionizá-las, transformando os átomos em partículas carregadas pela adição ou remoção de elétrons.

Cada substância que a amostra contém tem uma "impressão digital" única e como os cientistas já sabem o peso de muitos esteroides, por exemplo, são capazes de detectar rapidamente o doping. Sendo assim, o exame de doping pode ser realizado pela coleta da urina ou sangue. Os controles podem ser realizados nos períodos de competições e fora delas. Entretanto, alguns subprodutos de substâncias dopantes são tão pequenos que podem não produzir um sinal forte o suficiente para detecção.

Fonte: BBC, Hospital Albert Einstein