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O jeito que você dorme pode proteger de doenças neurodegenerativas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Julho de 2022 às 09h56

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stokkete/envato
stokkete/envato

Em que posição você costuma dormir? Embora pareça apenas um detalhe, isso pode te proteger de doenças neurodegenerativas, como a esclerose lateral amiotrófica — ou, dependendo, desencadear essas condições. As descobertas vêm de um estudo publicado na revista científica The Lancet.

Para chegar a essa informação, os cientistas estudaram camundongos e identificaram um novo alvo na luta contra a esclerose lateral amiotrófica: o sistema de eliminação de resíduos do cérebro, mais conhecido como sistema glinfático.

O que acontece é o seguinte: no corpo humano, longas cadeias de proteínas se dobram para gerar formas funcionais que permitem a realização de tarefas específicas, como a criação de anticorpos. Porém, às vezes esse processo dá errado e resulta em proteínas “mal dobradas” que podem crescer e se fragmentar, espalhando-se por todo o cérebro.

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O acúmulo de proteínas residuais começa antes do surgimento dos sintomas, e os pesquisadores quiseram entender se eliminar ou retardar a disseminação desses resíduos de proteínas pode interromper a progressão da doença. A linha de raciocínio é que, à medida que envelhecemos, a qualidade do sono diminui e o risco de doenças neurodegenerativas aumenta.

Outra informação que guiou o estudo é que distúrbios do sono são um sintoma comum da esclerose lateral amiotrófica, então os pesquisadores acreditam que a função glinfática pode ser prejudicada pela doença em questão.

Por meio de estudos com camundongos geneticamente modificados, os cientistas descobriram que a função glinfática é mais eficiente ao dormir de lado, em comparação com quem dorme de bruços ou de barriga para cima. As razões para isso ainda não são totalmente compreendidas, mas as principais hipóteses envolvem efeitos da gravidade, compressão e alongamento do tecido.

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O que é esclerose lateral amiotrófica?

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) acontece por causa da degeneração progressiva de células nervosas especializadas, mas não se conhece a causa específica. A ausência de uma proteína chamada parvalbumina pode estar relacionada com o surgimento da doença, relativamente rara.

O principal sintoma é a fraqueza muscular, mas a doença também traz o endurecimento dos músculos (esclerose) e atrofia muscular (amiotrófica), além de cãimbras, tremor muscular, espasmos e perda da sensibilidade. O tratamento envolve acompanhamento de fonoaudiólogos e fisioterapeutas.

Além de uma boa posição para dormir, também existem outros hábitos que podem ajudar a melhorar a função glinfática e assim prevenir a esclerose lateral amiotrófica, como o Ômega 3, por exemplo. O consumo moderado de álcool também ajuda a eliminar resíduos. Mas tenha cuidado: altas doses tiveram o efeito oposto.

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Fonte: The Lancet, Mayo ClinicThe Conversation