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O celular está coberto de germes, mas você não deveria limpar de qualquer jeito

Por  • Editado por Melissa Cruz Cossetti | 

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Jonas Leupe/Unsplash
Jonas Leupe/Unsplash

Nosso celular é um dos objetos mais usados no dia a dia. Tocamos nele dezenas de vezes, levamos para a mesa de refeições, transporte público e até para o banheiro. No entanto, a superfície dos smartphones pode abrigar centenas de espécies de bactérias e vírus. Nem todos os microrganismos encontrados causam doenças, mas a possibilidade de transmissão existe.

Isso acontece porque encostamos o aparelho no rosto, manuseamos enquanto comemos e até compartilhamos em reuniões, festas ou salas de aula. Assim, o celular pode se tornar um vetor silencioso de contaminação.

Quais germes vivem no seu celular?

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Os celulares podem abrigar centenas de espécies de microrganismos. Entre os mais comuns estão a Staphylococcus aureus, presente na pele e no nariz, que pode causar infecções na pele, espinhas e, em casos mais graves, intoxicação alimentar, e a Escherichia coli (E. coli), encontrada em ambientes contaminados com fezes; algumas cepas provocam diarreia e infecções urinárias.

Também é comum encontrar Salmonella (associada a alimentos mal higienizados, pode provocar intoxicações alimentares com febre, vômito e diarreia) e Estreptococos (que podem causar dor de garganta, pneumonia e infecções de ouvido).

Esses microrganismos chegam ao celular porque o manuseamos em ambientes variados, levamos para o banheiro, apoiamos em superfícies públicas e tocamos sem lavar as mãos.

O que esses germes podem causar?

Embora nem todo contato resulte em doença, o risco existe, já que microrganismos no celular podem provocar desde problemas leves, como irritações na pele e resfriados, até infecções mais sérias no sistema respiratório e digestivo.

O perigo aumenta quando usamos o celular enquanto comemos, levando germes diretamente à boca ou quando compartilhamos o aparelho com outras pessoas e levamos o celular a ambientes com maior carga microbiana, como hospitais ou academias.

Por que não usar qualquer produto de limpeza

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Apesar do risco, é preciso cuidado na hora de higienizar o aparelho. Muitos produtos domésticos, como água sanitária, vinagre, acetona ou álcool em alta concentração, podem danificar as camadas protetoras da tela, ressecar plásticos ou corroer partes metálicas.

O resultado é um celular mais frágil, com sensibilidade reduzida no toque e aparência desgastada. Além disso, borrifar líquidos diretamente no aparelho ou mergulhá-lo em soluções de limpeza pode comprometer as vedações contra água, levando a curtos-circuitos ou corrosão interna.

Como limpar o celular de forma correta

A boa notícia é que manter o celular limpo é simples e barato. Fabricantes como Apple e Samsung recomendam o uso de panos de microfibra e lenços com álcool isopropílico 70%. Esse tipo de produto elimina germes sem agredir os materiais do dispositivo.

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Outra dica é retirar capinhas e acessórios antes da limpeza e nunca aplicar o líquido diretamente no celular, mas sim no pano. Escovas de cerdas macias também ajudam a remover sujeira de alto-falantes e entradas de carregamento.

Quanto à frequência, limpar o celular ao menos uma vez por semana já ajuda bastante. Para quem frequenta locais com maior risco de contaminação, como hospitais, academias ou transporte público, a higienização pode ser feita com mais frequência. Cuidar da limpeza do celular é tão importante quanto lavar as mãos. Quando feito do jeito certo, protege sua saúde e ainda preserva a vida útil do dispositivo.

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VÍDEO | Usar o celular no banheiro pode danificá-lo?

Fonte: The Conversation