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Novo método da USP prevê gravidade da covid-19 através do plasma sanguíneo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 24 de Junho de 2022 às 09h00

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ktsimage/Envato
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Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) criaram um método capaz de prever a gravidade da covid-19 a partir da análise do plasma sanguíneo. As descobertas foram publicadas no início do mês na revista científica Journal of Proteome Research.

Segundo o estudo, a covid-19 gera variações na concentração de seis substâncias encontradas no sangue, chamadas de metabólitos: glicerol, acetato, 3-aminoisobutirato, formato, glucuronato e lactato. Os autores observam que, quanto maior o desequilíbrio na quantidade dessas substâncias no início da infecção, mais graves eram os quadros da infecção.

Para a elaboração do estudo, os pesquisadores coletaram amostras de plasma sanguíneo de 110 pacientes com sintomas gripais. Desse grupo, 57 indivíduos testaram negativo para a doença, enquanto os outros 53 eram casos positivos recentes: dez chegaram a ser internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), e dois morreram.

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Conforme apresentam os pesquisadores, o quadro de maior gravidade apresentou variações mais acentuadas na concentração dos metabólitos no começo da infecção.

A ideia dos pesquisadores é que no futuro esse método ajude os profissionais da saúde a identificar precocemente pacientes suscetíveis a desenvolver a forma grave da doença. No entanto, a jornada rumo à concretização desse sistema ainda é longa. Com isso, os pesquisadores pretendem analisar um número cada vez maior de amostras de plasma sanguíneo, além de incluir novos grupos, como os vacinados que contraíram a covid-19, por exemplo.

Anteriormente, outro estudo da USP descobriu que as pessoas mais resistentes à covid-19 têm uma concentração maior de genes que contribuem para a ativação de um tipo determinado de glóbulo branco (leucócitos), as células Natural Killer. Nesse caso, os cientistas analisaram amostras de sangue de casais, em que apenas um paceiro contraiu a covid-19.

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Fonte: Journal of Proteome Research, Agência Brasil