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Novo exame de sangue consegue diagnosticar a ansiedade

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Março de 2023 às 14h46

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 seventyfourimages/Envato
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Cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Indiana (IU) e da startup MindX Sciences, nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova forma de diagnosticar a ansiedade: um exame de sangue, capaz de analisar biomarcadores de RNA específicos da condição nas amostras. Além de ajudar no diagnóstico, o teste indica o nível de gravidade da doença e quais remédios funcionariam melhor para aquele paciente.

O exame de sangue para ansiedade ainda não está pronto para chegar ao mercado e mais estudos são necessários para aperfeiçoar esta ferramenta para diagnóstico de alterações psiconeurológicas. No entanto, a tecnologia é promissora, podendo resolver uma "deficiência" nos rastreamentos da condição: a inexistência de diagnósticos objetivos.

Hoje, os pacientes são diagnosticados com base na análise clínica, mas isso pode variar conforme a pessoa relata as suas sensações e a interpretação médica. Lógico, o novo exame não deve substituir o profissional, mas poderá ser um complemento no diagnóstico. No futuro, ainda poderá ser usado para antecipar casos de síndrome do pânico, compulsões alimentares e outros possíveis desdobramentos da ansiedade.

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Como funciona o exame de sangue que detecta ansiedade?

Para determinar um possível caso de transtorno de ansiedade generalizada, o exame busca identificar alguns biomarcadores associados com o quadro no RNA do sangue do indivíduo, conforme os autores relatam no estudo, publicado na revista científica Molecular Psychiatry. Entre eles, estão:

  • GAD1;
  • NTRK3;
  • ADRA2A;
  • FZD10;
  • GRK4;
  • SLC6A4.
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Em seguida, o exame identifica quais são os remédios disponíveis que mais se encaixam e respondem aos biomarcadores identificados no sangue. Dessa forma, além de diagnosticar a condição, a ferramenta traz possíveis opções de tratamento.

Ansiedade precisa ser tratada com remédio?

"Dado o impacto prejudicial da ansiedade não tratada, a atual falta de medidas objetivas para orientar o tratamento e o potencial de dependência dos medicamentos para ansiedade baseados em benzodiazepínicos existentes, há uma necessidade urgente de abordagens mais precisas e personalizadas como a que desenvolvemos", afirmam os autores do estudo.

No entanto, é importante destacar que a primeira forma de tratamento da ansiedade não passa pelo uso de remédios. Na verdade, os pacientes são indicados, inicialmente, a buscarem por atendimento psicológico e adotarem mudanças no estilo de vida, como prática regular de atividades físicas. A medicação é a última estratégia a ser adotada.

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Fonte: Molecular Psychiatry e IU